Augusto Diniz | Música brasileira
Jornalista há 25 anos, Augusto Diniz foi produtor musical e escreve sobre música desde 2014.
Augusto Diniz | Música brasileira
Nova exposição enaltece as autênticas rodas de samba de São Paulo e seus personagens
A mostra tem 45 fotos de Joice Aguiar, que há 10 anos registra bambas, matriarcas e baluartes pela capital paulista


Uma visita — por imagens — às autênticas rodas de samba paulistanas é o que propõe a exposição Lente do Samba, da fotógrafa paulista Joice Aguiar. A abertura ocorre nesta sexta-feira 28, às 17h, no Centro Cultural São Paulo (Rua Vergueiro, 1.000, Liberdade, centro da capital paulista).
Com entrada grátis, a visitação segue até 26 de abril: de terça a sexta, das 10h às 20h; aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h.
Joice Aguiar registrou uma parcela importante da história do samba de São Paulo, como os baluartes Toinho Melodia (já falecido), Silvio Modesto, Aldo Bueno, Sahra Brandão e Bernadette, que aparecem fotografados na mostra. Há 45 painéis, entre imagens em preto e branco e coloridas.
A fotógrafa não é apenas uma criadora das imagens do acontecimento do samba. Ela mantém uma relação íntima com o movimento, é frequentadora assídua das rodas e conhece suas músicas e seus personagens como poucos. Há 10 anos anda no meio, capturando imagens.
“Fazer essa seleção de fotos me levou de volta no tempo, me fez olhar para minha arte, para minha relação com as pessoas, com o samba, que me acolheu tanto e me trouxe tantas experiências boas”, relatou Joice na divulgação da exposição.
Com fotos sensíveis e preocupada especialmente com a espontaneidade e a autenticidade de seus frequentadores, Joice Aguiar faz da exposição um momento de reflexão do movimento de samba pela cidade — que muitos não conhecem, mas é um elemento importante de nossa identidade.
Joice Aguiar trabalha em diversas áreas da fotografia, mas seu foco é na cultura afro-brasileira, incluindo, além do samba, a capoeira e o candomblé. A produção-executiva da exposição é de Andrea Bragado, a produção é de Valéria Lariuty e a curadoria é de Adriano De Luca e André Santos.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Eric Clapton, 80
Por Augusto Diniz
‘Artistas hoje se orgulham de tocar com percussionistas ótimos’, diz Marcos Suzano
Por Augusto Diniz
Flávio Venturini faz 50 anos de carreira e diz o que o mundo era mais relaxado sem internet
Por Augusto Diniz