Do Micro Ao Macro

Envelhecimento da população impulsiona mercado de vacinas e atrai atenção de empreendedores

Empresas que atuam na imunização veem oportunidades com avanço da faixa etária sênior e aumento da demanda por cuidados preventivos

Envelhecimento da população impulsiona mercado de vacinas e atrai atenção de empreendedores
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O Brasil tem hoje 33 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, segundo dados do IBGE divulgados em 2024. O número mais que dobrou em duas décadas. Esse avanço da população idosa cria novas demandas no setor de saúde, especialmente na área de vacinas.

A Dra. Rosane Argenta, CEO da Saúde Livre Vacinas, afirma que o envelhecimento da população tem mudado o foco das campanhas de imunização. “Com o passar dos anos, cresce a conscientização sobre manter a caderneta de vacinação em dia em todas as fases da vida, especialmente na terceira idade”, afirma.

Pandemia reforçou importância dos imunizantes

A pandemia de covid-19 teve impacto direto na percepção da sociedade sobre vacinas. Segundo pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz, 27% dos brasileiros mudaram a forma como enxergam a imunização.

Para Rosane, o episódio também acelerou o desenvolvimento de novos imunizantes. “A crise sanitária criou a necessidade de ampliar o acesso às vacinas. E, com o envelhecimento da população, as empresas precisam se adaptar com mais profissionais, novas unidades e vacinas específicas para esse público.”

Clínicas traçam estratégias para expandir o atendimento

De acordo com a Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVAC), o país possui cerca de 5 mil clínicas privadas registradas. A Saúde Livre Vacinas planeja crescer nesse cenário. “Nossa meta é abrir cinco unidades por mês. Até o fim de 2025, queremos contratar aproximadamente 100 profissionais da saúde”, diz Rosane.

O portfólio atual da empresa reúne mais de 30 vacinas aprovadas pela Anvisa. Cerca de metade delas é voltada para o público idoso, com foco em doenças como gripe e pneumonia.

Atendimento especializado e domiciliar são diferenciais

Para atender o público sênior, a CEO recomenda investir em capacitação. “Treinamento específico para profissionais da saúde é indispensável. Atendimento humanizado faz diferença e serviços domiciliares são cada vez mais valorizados.”

Além disso, ela aponta que a expansão deve considerar pontos acessíveis para o público-alvo. “A escolha de locais bem conectados e próximos dos idosos contribui diretamente para o sucesso do negócio”, finaliza.

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