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Governo Lula cobra explicações do embaixador de Israel sobre a morte de brasileiro em prisão

Walid Khalid Abdalla Ahmad, de 17 anos, morreu em uma prisão israelense

Governo Lula cobra explicações do embaixador de Israel sobre a morte de brasileiro em prisão
Governo Lula cobra explicações do embaixador de Israel sobre a morte de brasileiro em prisão
Este é o brasileiro-palestino Walid Khalid Abdullah Abdalla Ahmad, de 17 anos, morto sob custódia de Israel - Instagram/Reprodução
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O Itamaraty chamou o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, a fornecer explicações sobre a morte do cidadão brasileiro-palestino Walid Khalid Abdalla Ahmad, de 17 anos, em uma prisão israelense. A informação foi revelada pelo jornal O Globo e confirmada por CartaCapital com fontes envolvidas nas conversas.

No encontro, segundo relatos à reportagem, Zonshine foi questionado sobre as circunstâncias da morte e disse que o governo israelense encaminhará informações à diplomacia brasileira assim que recebê-las. Além disso, o Itamaraty tem cobrado respostas das autoridades locais por meio do escritório em Ramala e da embaixada em Tel Aviv.

Em nota, o governo brasileiro afirmou na quarta-feira 25 ter tomado conhecimento da morte de Ahmad “com profunda consternação” e cobrou ação de Israel para elucidar o caso. “Em linha com suas obrigações internacionais, o governo israelense deve conduzir investigação célere e independente acerca das causas do falecimento, bem como dar publicidade às suas conclusões.”

Ahmad havia sido detido por forças israelenses em 30 de setembro do ano passado, quando ainda residia na Cisjordânia. De acordo com o Itamaraty, outros onze brasileiros residentes em território palestino estão sob custódia de Israel, em “clara violação ao Direito Internacional Humanitário”. A maioria do grupo não foi formalmente acusada ou julgada.

Desde o início do conflito no Oriente Médio, em outubro de 2023, o Itamaraty defende um cessar-fogo permanente, com a entrada de ajuda humanitária para a população da Faixa de Gaza, ao mesmo tempo em que critica as ações militares lideradas pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Após dois meses de trégua, os habitantes do enclave palestino voltaram a fugir para salvar suas vidas, depois de Israel abandonar o cessar-fogo e lançar uma nova campanha aérea e terrestre.

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