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Corpo de fotógrafo brasileiro encontrado morto no rio Sena é cremado em Paris

Flávio de Castro Sousa, de 36 anos, foi encontrado morto no dia 4 de janeiro no rio Sena, após passar 45 dias desaparecido

Corpo de fotógrafo brasileiro encontrado morto no rio Sena é cremado em Paris
Corpo de fotógrafo brasileiro encontrado morto no rio Sena é cremado em Paris
Flávio de Castro Sousa estava desaparecido na França – Foto: acervo pessoal
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O corpo do fotógrafo brasileiro Flávio de Castro Sousa, de 36 anos, foi cremado na manhã desta terça-feira 25, no cemitério Père Lachaise, em Paris. Natural de Minas Gerais, o jovem foi encontrado morto no dia 4 de janeiro no rio Sena, após passar 45 dias desaparecido (desde 27 de novembro). O caso na época repercutiu tanto no Brasil como na França, mobilizando a comunidade brasileira na capital francesa.

Maria Iolanda da Silva, uma amiga da família, que mora na França, esteve no cemitério Père Lachaise para acompanhar a cremação, realizada sem a presença de familiares do mineiro.

“Foi triste estar ali, mas, ao mesmo tempo, é um consolo para a gente poder ter se despedido do Flávio. Também é triste não saber o motivo por que ele morreu”, contou Maria Iolanda, acrescentando que o momento do adeus aconteceu de forma rápida, pouco antes de o processo de cremação ser iniciado.

Segundo o advogado da família, Santos Castro, ainda não há data marcada para o envio dos restos mortais de Flávio para junto da família, em Minas Gerais. Santos Castro também informou que os familiares do fotógrafo ainda aguardam a conclusão das investigações na França.

A cremação e envio das cinzas pela funerária custaram mais de R$ 23 mil, segundo a mãe do fotógrafo, a auxiliar de enfermagem Marta Maria de Castro. Por isso, a família lançou uma rifa virtual de uma bicicleta profissional que pertencia a Flávio, para cobrir os custos com o procedimento. A rifa segue ativa.

Fotógrafo estava em Paris a trabalho

Flávio de Castro Sousa desembarcou na capital francesa em 1° de novembro para fotografar o casamento de uma amiga brasileira três dias depois, trabalho que realizou através de sua empresa, a Toujours Fotografia.

O mineiro conhecia a França, falava o idioma fluentemente e tinha amigos na capital. Ele se organizou para permanecer mais algumas semanas e marcou o voo de retorno ao Brasil em 26 de novembro, dia em que teria caído no rio Sena pela primeira vez.

No dia seguinte, 27 de novembro, alarmados após horas sem notícias do jovem, amigos em Paris alertaram familiares do fotógrafo no Brasil sobre o desaparecimento do mineiro. Ao tentarem contatar Flávio por telefone, funcionários de um restaurante encontraram o celular dele em um vaso de plantas e atenderam a ligação.

O restaurante fica a poucos metros da beira do rio, onde teria acontecido a segunda queda do fotógrafo. Flávio aparece pela última vez nas câmeras de segurança às margens do Sena em 26 de novembro, após ser filmado abandonando o próprio celular no restaurante.

Morte por afogamento

Maria Iolanda, a amiga da família, contou que em seu último contato com os investigadores do caso em Paris, exames toxicológicos realizados no corpo de Flávio mostraram grande quantidade de álcool no sangue do fotógrafo e confirmaram a morte por afogamento.

O caso gerou grande comoção da comunidade brasileira na França e muitos cartazes foram espalhados pela capital, além da organização de grupos de buscas em aplicativos de conversas.

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