Educação
Unicamp divulga lista de obras obrigatórias para os próximos vestibulares
Gabriel García Márquez e Olinda Beja passam a integrar a prova da Unicamp


A Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest) divulgou nesta terça-feira 25 a nova lista de leitura que irá compor os vestibulares de 2027, 2028 e 2029. O objetivo da divulgação ser feita com antecedência é para que as escolas e os próprios alunos possam se preparar e criar um plano de leitura e estudos.
Anualmente, são selecionadas nove obras para leitura, sendo sempre três novas obras em relação ao ano anterior.
Veja a lista
Para a edição de 2027, as novas obras sugeridas são: Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis;Canções escolhidas, de Paulo César Pinheiro; e Os funerais da Mamãe Grande, de Gabriel Garcia Márquez.
Para o Vestibular Unicamp 2028, as novas obras são: O direito à literatura (capítulo de Vários Escritos), de Antonio Candido; Os quinze, de Raquel de Queiróz; e Quarenta dias, de Maria Valéria Rezende.
No Vestibular Unicamp 2029, as novas obras selecionadas são:Broquéis, de Cruz e Souza; Lésbia, de Maria Benedita Bormann; e Chá do príncipe, de Olinda Beja.
Além das obras já presentes, como A vida não é útil, de Ailton Krenak; Prosas seguidas de odes mínimas, de José Paulo Paes; Morangos mofados (Contos escolhidos), de Caio Fernando Abreu; Vida e morte de M.J. Gonzaga de Sá, de Lima Barreto; No seu pescoço, de Chimamanda Ngozi Adichie e Olhos d’água, de Conceição Evaristo.
A Comvest explicou que a presença de autores estrangeiros dialoga com o que é imposto pela Base Nacional Comum Curricular. Assim, tanto a literatura africana como a latino-americana, estão representadas por duas coleções de contos Os funerais da Mamãe Grande, do escritor colombiano Gabriel García Márquez, e Chá do príncipe, da escritora santomense Olinda Beja.
Contando com as obras consideradas divisores de águas na literatura brasileira, como Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis e O Quinze, romance de estreia de Rachel de Queiroz, houve a adoção, no gênero poesia, das canções de Paulo César Pinheiro. Segundo a banca, a proposta é ampliar a vivência dos estudantes do ensino médio com a literatura, levando em conta, por exemplo, o lirismo marcante e a intensa preocupação política e social presentes na obra.
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