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Trump recorre à Suprema Corte para validar demissão de funcionários

Ação é após um juiz da Califórnia determinar que o governo federal contrate novamente milhares de pessoas despedidas

Trump recorre à Suprema Corte para validar demissão de funcionários
Trump recorre à Suprema Corte para validar demissão de funcionários
Trump na Casa Branca. Foto: ROBERTO SCHMIDT / AFP
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O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recorreu à Suprema Corte nesta segunda-feira 24 para que valide as demissões em massa de funcionários públicos, depois que um juiz da Califórnia determinou que o governo federal recontratasse milhares de pessoas despedidas.

Nos últimos dias, Trump intensificou sua queda de braço com os juízes de todo o país, que aumentaram as decisões contra suas políticas. No fim de semana, o presidente pediu à Suprema Corte, a máxima instância judicial do país, que “resolva” o “problema” que, para ele, os juízes federais representam.

O pedido de emergência apresentado hoje pelo Departamento de Justiça opõe-se à decisão de um juiz federal da Califórnia, que, no início de março, ordenou a readmissão de mais de 16.000 funcionários em período de teste que tinham sido demitidos.

Isso “viola a separação de poderes”, argumenta a administração Trump no documento. Equivale a designar a um tribunal “os poderes de gestão de pessoal do Poder Executivo”, tudo isso por “motivos frívolos”, acrescentou.

A decisão do juiz californiano William Alsup se aplica ao pessoal em período de teste demitido por diversas agências federais, entre elas o Pentágono e os departamentos do Tesouro e da Agricultura.

Segundo o pedido do governo à Suprema Corte, “mais de 40” decisões de tribunais locais bloqueiam atualmente as diretrizes ditadas por Donald Trump, uma “tendência insustentável”.

Também nesta segunda, outro juiz federal, agora em Maryland, proibiu que o Departamento de Educação — que a administração Trump quer desmantelar — compartilhe dados sensíveis com a Comissão de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês) do bilionário Elon Musk, a quem Donald Trump encarregou os cortes de gasto público.

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