Augusto Diniz | Música brasileira
Jornalista há 25 anos, Augusto Diniz foi produtor musical e escreve sobre música desde 2014.
Augusto Diniz | Música brasileira
Flávio Venturini faz 50 anos de carreira e diz o que o mundo era mais relaxado sem internet
O cantor e compositor lança um álbum comemorativo e começa a turnê pelo Rio de Janeiro


O cantor e compositor Flávio Venturini comemora seus 50 anos de carreira com um novo álbum e uma turnê. O disco se chamará Minha história e terá participações nas 12 faixas. Uma delas já foi lançada: Espanhola (Flávio Venturini e Guarabyra), com participação de Ivete Sangalo.
As outras 11 faixas que compõem o álbum são: Tudo que Você Podia Ser (Lô Borges e Marcio Borges), com participação de Ana Cañas; Criaturas da Noite (Flávio Venturini e Luiz Carlos Sá), com Ritchie; Nascente (Flávio Venturini e Murilo Antunes), com Guilherme Arantes; Planeta Sonho (Flávio Venturini, Vermelho e Marcio Borges), com Roupa Nova; Faltando um Pedaço (Djavan), com Djavan; Linda Juventude (Flávio Venturini e Marcio Borges), com Jota Quest; Princesa (Flávio Venturini e Ronaldo Bastos), com Gloria Groove; Todo Azul do Mar (Flávio Venturini e Ronaldo Bastos), com Gabi Melim; Besame (Flávio Venturini e Murilo Antunes), com Ney Matogrosso; Mais uma Vez (Flávio Venturini e Renato Russo), com Frejat; e Noites com Sol (Flávio Venturini e Ronaldo Bastos), com Vanessa da Mata.
Os shows serão superproduções, com projeções dedicadas a cada música. As primeiras apresentações estão marcadas para 29 de março, no Vivo Rio, no Rio de Janeiro; 13 de abril, no Tokio Marine Hall, em São Paulo; e 26 de abril, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte (MG). O roteiro terá como base o projeto do disco Minha História.
A banda que se apresenta com Flávio Venturini nos shows é formada por Marcelo Mariano (baixo), Sergio Melo (bateria), Torcuato Mariano (guitarra e direção musical), Marcelo Martins (sopros), Renato Fonseca (teclados) e Marquinhos “O Sócio” (backing vocal).
Analisando os 50 anos de carreira em entrevista a CartaCapital, Venturini critica o fato de a tecnologia impor mais velocidade às pessoas. “O mundo não era tão rápido. Gosto da internet, que ajuda a gente em muitas coisas, mas tenho saudade da época mais relaxada.”
O primeiro sucesso de Venturini foi a música Criaturas da Noite, com o grupo O Terço. Ele diz, porém, que a música que o lançou como compositor foi Nascente — embora tenha sido gravada por Beto Guedes em seu primeiro disco, foi no álbum Clube da Esquina 2 (1978) que recebeu grande destaque. Flávio Venturini divide a gravação com Milton Nascimento.
O artista conta que após o Clube da Esquina 2, chegou a excursionar com Milton. Pouco depois, surgiu o grupo 14 Bis, que lançou seu primeiro disco em 1979, com produção de Bituca.
“Fiquei na banda até 1988. Gravei sete discos com o 14 Bis e depois abracei a carreira solo”, conta. O último trabalho solo de Flávio Venturini, Paisagens Sonoras (2020), é o primeiro de uma trilogia.
“Interrompi para as comemorações de 50 anos, mas estava preparando o volume 2. Cheguei a gravar duas canções. Quero continuar o projeto de música inéditas”, diz. O terceiro volume deve ser um disco instrumental. “Gravei música instrumental praticamente em todos os meus discos.”
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também

A poesia como forma de reação
Por Augusto Diniz
BK reúne participações, beats e samples da MPB em álbum exitoso
Por Augusto Diniz
Documentário lança luz sobre a repressão ao movimento punk rock nos anos 1980
Por Augusto Diniz