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Principal central sindical da Argentina anuncia greve para 10 de abril

A CGT também anunciou que participará da marcha anual de 24 de março, em memória dos desaparecidos durante a ditadura militar

Principal central sindical da Argentina anuncia greve para 10 de abril
Principal central sindical da Argentina anuncia greve para 10 de abril
Mobilização na Argentina com dezenas de organizações de saúde, sindicatos de médicos e enfermeiros, associações de pacientes e organizações de direitos humanos. Foto: Luis Robayo/AFP
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A principal central sindical da Argentina anunciou nesta quinta-feira 20 uma greve de 24 horas para 10 de abril, entre outros motivos, em apoio aos aposentados e em “defesa do setor produtivo”.

Entre as reivindicações da medida, o secretário-geral da Confederação Geral do Trabalho (CGT), Héctor Dáer, mencionou a exigência de “um aumento emergencial para os aposentados”, a condenação à “repressão policial” em uma marcha em 12 de março que deixou 45 feridos, a “defesa do setor produtivo” e a reabertura das obras públicas, paralisadas por Milei desde que assumiu o poder, em dezembro de 2023.

Esta será a terceira greve na era Milei. As outras duas ocorreram em janeiro de 2024, apenas um mês e meio após sua posse, e em maio.

A CGT também anunciou que participará da marcha anual de 24 de março, em memória dos desaparecidos durante a última ditadura militar na Argentina (1976-83), estimados em cerca de 30 mil, segundo organizações de direitos humanos.

Na semana passada, centenas de manifestantes se juntaram à marcha semanal dos aposentados que reivindicam melhorias em seus benefícios, mas foram reprimidos pela polícia, no que se tornou o protesto mais violento desde o início do governo Milei.

Essa convocação foi feita, principalmente, por torcedores de futebol, que participaram vestindo camisetas de mais de 30 equipes da liga argentina.

O saldo foi de mais de uma centena de detidos e 45 feridos, incluindo um repórter fotográfico, Pablo Grillo, cujo estado de saúde é extremamente grave.

Dáer também expressou seu apoio e solidariedade à família de Grillo.

O sindicalista pediu um aumento emergencial para os aposentados, cujo benefício mínimo equivale a cerca de 265 dólares (1.500 reais), valor recebido por quase 60% dos idosos.

Além disso, exigiu a retomada das obras públicas: “Há muitas obras que estão 80%, 90% concluídas e foram paralisadas por uma decisão política”, afirmou Dáer.

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