Economia

UE adia tarifas sobre produtos dos EUA até meados de abril

As tarifas de 25% adotadas pelos Estados Unidos entraram em vigor em 12 de março e, em resposta, a UE antecipou a implementação de medidas equivalentes

UE adia tarifas sobre produtos dos EUA até meados de abril
UE adia tarifas sobre produtos dos EUA até meados de abril
O presidente dos EUA, Donald Trump, em 9 de março de 2025. Foto: Roberto Schmidt/AFP
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A União Europeia anunciou, nesta quinta-feira (20), que decidiu adiar a imposição de tarifas sobre as importações dos Estados Unidos por aproximadamente duas semanas, até meados de abril, para permitir mais tempo para o diálogo.

“As contramedidas anunciadas pela UE em 12 de março entrarão em vigor em meados de abril”, disse o porta-voz comercial da UE, Olof Gill, em um comunicado.

Segundo o porta-voz, isso “proporciona tempo adicional para discussões” com os Estados Unidos.

No entanto, ele observou que se trata de “alinhar os prazos” da resposta.

Essa mudança “representa um pequeno ajuste na sequência de eventos, mas não diminui o impacto da nossa resposta”, afirmou.

As tarifas de 25% adotadas pelos Estados Unidos entraram em vigor em 12 de março e, em resposta, a UE antecipou a implementação de dois conjuntos de medidas equivalentes.

O primeiro grupo dessas medidas europeias deveria entrar em vigor em 1º de abril.

O porta-voz reiterou o interesse da UE em manter um “diálogo construtivo com os Estados Unidos, para buscar uma solução que evite danos desnecessários a ambas as economias”.

A UE estimou que as tarifas americanas impactam os produtos europeus em cerca de 28 bilhões de dólares (R$ 158 bilhões), portanto calibrou sua resposta para ter um efeito equivalente.

A UE irritou o presidente americano, Donald Trump, ao impor tarifas sobre o uísque bourbon.

Em retaliação, Trump ameaçou impor tarifas de até 200% sobre as bebidas alcoólicas da UE, especialmente vinhos.

Fontes da UE consultadas pela AFP indicaram que vários países — incluindo França, Espanha e Itália — pediram para ganhar tempo para negociar com os EUA e evitar que a situação se agravasse.

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