Política
Aliado de Tarcísio e Valdemar, André do Prado é reeleito presidente da Alesp
Na presidência da Alesp, Prado foi peça-chave para pautar temas de interesse do governo, como a privatização da Sabesp e as escolas civico-militares
O deputado estadual André do Prado (PL) foi reeleito, neste sábado 15, presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo por mais dois anos. Ele venceu a única concorrente, Paula Nunes do Santos (PSOL), com 88 a 4 votos dos 94 possíveis.
A reeleição de André só foi possível graças a uma PEC, aprovada em outubro do ano passado, que alterou a Constituição Paulista, que antes vedava emendar mais de um mandato na mesma legislatura.
Aliado de Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, André foi peça-chave para dar andamento a projetos caros ao governador, como a privatização da Sabesp e a criação de escolas civico-militares. Ele também rejeitou o pedido de impeachment de Guilherme Derrite sob o argumento de falta da comprovação de responsabilidade na acusação.
O presidente eleito conseguiu apoio de todas as bancadas na casa, incluindo o PT. Paula recebeu apenas votos da bancada do PSOL.
Quem é André do Prado
Filiado ao Partido Liberado, antes conhecido como Partido da República desde 1992, André disputou pela primeira vez o cargo de vereador na cidade pelo partido. Desde então, o político é considerado um dos mais fieis aliados ao presidente do partido, Valdemar Costa Neto.
Em 2000, Prado aceitou o convite para ser candidato a vice-prefeito de Guararema, na chapa eleita da prefeita Conceição Alvino de Souza. Na eleição seguinte, em 2004, ele foi eleito prefeito da cidade com um mandato que obteve 90% de aceitação popular.
Em 2009, André foi convidado para ocupara presidência estadual do conselho político, com a missão de reestruturar as bases partidárias no estado e articular sua canditadura a deputado estadual. Foi eleito em 2010 como único representante da legenda na Alesp, cargo que exerce até hoje após três reeleições. Em 2022 também foi eleito presidente da Assembleia.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.