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Rebeldes tomam 450 passageiros como reféns em trem no Paquistão

O ataque foi reivindicado pelo Exército de Libertação do Baluchistão, o principal grupo separatista da região

Rebeldes tomam 450 passageiros como reféns em trem no Paquistão
Rebeldes tomam 450 passageiros como reféns em trem no Paquistão
Trem no Paquistão. Foto: Wikimedia Commons
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Um grupo de rebeldes armados tomou, nesta terça-feira 11, como reféns mais de 450 passageiros de um trem na província do Baluchistão, no sudoeste do Paquistão.

“Mais de 450 passageiros estão sendo mantidos reféns por homens armados”, disse  à AFP Muhammad Kashif, um funcionário ferroviário.

“Entre os passageiros há mulheres e crianças”, acrescentou.

Os rebeldes feriram o maquinista quando assumiram o controle do trem em uma área remota e montanhosa desta província que faz fronteira com o Afeganistão e o Irã.

O ataque foi reivindicado pelo Exército de Libertação do Baluchistão, o principal grupo separatista da região.

“Os militantes rapidamente tomaram o controle do trem e fizeram todos os passageiros reféns”, disse o grupo em um comunicado à imprensa, alertando para “graves consequências” no caso de uma tentativa de resgate.

O incidente ocorreu por volta das 13h locais (08h GMT, 5h em Brasília) em um distrito rural perto da estação na cidade de Sibi, onde o trem deveria parar.

“Um trem de passageiros chamado Jaffar Express foi parado por milicianos armados”, disse uma autoridade do governo local que pediu para não ser identificado porque não está autorizado a falar com a imprensa.

“Passageiros estão sendo mantidos reféns e o maquinista ficou ferido”, acrescentou, indicando que o trem foi interceptado antes de entrar em um túnel nesta região montanhosa, o que facilita a presença de insurgentes.

O trem partiu de Quetta por volta das 9h locais com destino a Peshawar, uma viagem que deveria levar mais de 30 horas.

As forças de segurança lutam há décadas contra insurgentes na província empobrecida. Grupos rebeldes acusam autoridades de permitir que estrangeiros explorem seus recursos naturais sem beneficiar a população.

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