Política
O argumento central da defesa de Filipe Martins ao STF no inquérito do golpe
A investigação apontou o ex-assessor de Bolsonaro como um dos responsáveis pela elaboração da ‘minuta do golpe’


A defesa de Filipe Martins, ex-assessor para assuntos internacionais de Jair Bolsonaro (PL), afirmou não haver provas da ligação de seu cliente com a a chamada “minuta do golpe”. Os advogados entregaram ao Supremo Tribunal Federal sua manifestação para rebater a denúncia da Procuradoria-Geral da República sobre a trama golpista de 2022.
A investigação apontou Filipe Martins como um dos responsáveis pela elaboração da minuta de golpe de Estado que teria sido elaborada na reta final do governo Bolsonaro.
“Não há nenhuma prova documental que comprove a existência da minuta fantasma atribuída ao defendente, nem de sua autoria, nem de sua circulação”, alega a defesa.
No documento, os advogados pedem a rejeição da denúncia por falta de provas e a anulação da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Os advogados também querem o impedimento dos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin no julgamento da denúncia.
Eles ainda criticaram a prisão de Martins durante a investigação. No ano passado, ele permaneceu detido por seis meses sob a acusação de viajar aos Estados Unidos em dezembro de 2022, antes dos atos golpistas de 8 de Janeiro.
No inquérito da Polícia Federal, em que aparece ligado à “minuta do golpe”, o ex-assessor compõe o chamado núcleo jurídico da trama golpista, grupo supostamente responsável por formular o embasamento “legal” para a tomada do poder.
(Com informações da Agência Brasil)
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