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‘Ainda Estou Aqui’ mostrou ao mundo a importância da luta contra o autoritarismo, diz Lula ao celebrar Oscar
O longa dirigido por Walter Salles recebeu o prêmio de Melhor Filme Internacional; MinC e Itamaraty também comentaram o inédito Oscar brasileiro em nota oficial


O filme Ainda Estou Aqui, vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional, “mostrou ao Brasil e ao mundo a importância da luta contra o autoritarismo”, escreveu o presidente Lula (PT) ao celebrar a inédita premiação neste domingo 2.
“Hoje é o dia de sentir ainda mais orgulho de ser brasileiro. Orgulho do nosso cinema, dos nossos artistas e, principalmente, orgulho da nossa democracia”, publicou o presidente ao comentar o primeiro Oscar brasileiro entregue para a “extraordinária obra que mostrou ao Brasil e ao mundo a importância da luta contra o autoritarismo”, completou Lula ao parabenizar o diretor Walter Salles, equipe e os atores Fernanda Torres e Selton Mello, que interpretam Eunice e Rubens Paiva no longa.
O governo brasileiro, além do post nas redes oficiais do presidente, também celebrou o inédito Oscar em nota conjunta do Ministério da Cultura e do Itamaraty.
“O filme resgata a história da resistência e da luta por justiça para crimes cometidos durante a ditadura militar. A premiação atesta a excelência do cinema brasileiro, ampliando sua projeção no cenário internacional. Além disso, reforça o indispensável papel da cultura como instrumento de memória e reflexão, destacando a importância da proteção e da promoção dos direitos humanos e da democracia como valores inegociáveis da sociedade brasileira”, diz a nota publicada pelas pastas.
O diretor Walter Salles, premiado no Oscar por ‘Ainda Estou Aqui’.
Foto: Frederic J. Brown / AFP
A premiação
Para conquistar o inédito Oscar, o longa brasileiros venceu uma disputa acirrada com Emilia Pérez (França), A Garota da Agulha (Dinamarca), A Semente do Fruto Sagrado (Alemanha) e Flow (Letônia).
O filme brasileiro retrata a busca da família Paiva por explicações para o sumiço do ex-deputado Rubens Paiva durante a ditadura no país. O político foi assassinado por militares em circunstâncias, ainda, pouco explicadas.
Até aqui, cerca de 5 milhões de pessoas foram ao cinema assistir ao filme, que também concorria ao prêmio de Melhor Filme do ano e Melhor Atriz, com Fernanda Torres. A produção brasileira foi superada por Anora, de Sean Baker, nas duas categorias.
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