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Procuradoria dos EUA divulga documentos sobre o caso Epstein, magnata acusado de liderar rede de tráfico sexual
Epstein foi preso em 2019, mas tirou a própria vida pouco tempo depois
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos liberou, nesta quinta-feira 27, uma lista de documentos ligados à investigação contra o bilionário Jeffrey Epstein, acusado de ter liderado um esquema de tráfico sexual.
O pacote de documentos foi divulgado pelo FBI – o serviço de inteligência e segurança dos EUA – e pela procuradora-geral do país, Pamela Bondi. Basicamente, o arquivo mostra evidências dos supostos crimes cometidos pelo magnata e por outras pessoas ligadas ao caso.
O caso
A investigação aponta que, entre 2002 e 2005, Epstein liderou um esquema que funcionava da seguinte maneira: ele pagava centenas de dólares em dinheiro para que meninas menores de idade fossem à sua residência realizar atos sexuais.
Segundo as apurações, mais de 250 meninas foram vítimas do esquema, que também envolvia o recrutamento de outras pessoas. A prática serviria não apenas a Epstein, mas a amigos em festas realizadas no Caribe, em Nova York, na Flórida e no Novo México.
Epstein foi detido em 2019, mas, pouco tempo depois, tirou a própria vida na prisão.
A lista apresenta vários itens apreendidos pelas autoridades, a exemplo de documentos e mídias eletrônicas, fotos de mulheres, computadores e câmeras.
O caso envolve indiretamente o presidente norte-americano Donald Trump, que é citado nos registros de voo de Epstein, ainda nos anos 1990. Entretanto, a investigação nunca apontou que Trump tinha tido envolvimentos nos crimes que pesavam contra o bilionário.
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