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Zelensky diz que pode deixar presidência da Ucrânia por fim de guerra com a Rússia

Outra opção, segundo o ucraniano, seria deixar o poder para que o seu país faça parte da OTAN

Zelensky diz que pode deixar presidência da Ucrânia por fim de guerra com a Rússia
Zelensky diz que pode deixar presidência da Ucrânia por fim de guerra com a Rússia
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Foto: Attila KISBENEDEK / AFP
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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, indicou que pode deixar o governo para que a guerra do seu país com a Rússia termine. O mandatário tratou do tema neste domingo 23, véspera do dia em que a guerra no leste europeu completa três anos.

“Se for pela paz na Ucrânia e se realmente quiserem que eu deixe meu cargo, estou pronto para isso”, disse Zelensky.

Recentemente, Donald Trump, que vem conduzindo as negociações pelo fim da guerra em termos que não satisfazem Zelensky, chamou o ucraniano de “ditador” e sustentou o seu desejo de diminuir as ajudas norte-americanas às Forças da Ucrânia.

Em caso de um eventual acordo pelo fim da terra, um ponto ainda distante do consenso é se o término levaria à Ucrânia a fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). A diplomacia russa é contrária à ideia.

Na coletiva de hoje, Zelensky disse que também estaria disposto a trocar a presidência pela entrada da Ucrânia na OTAN. “Em segundo lugar, posso trocar isso [a presidência] pela OTAN, se houver essa oportunidade”, disse. “Farei isso imediatamente. Não planejo estar no poder por décadas”, afirmou o ucraniano.

Zelensky assumiu o poder em abril de 2019, após vencer as eleições presidenciais sobre Petro Poroshenko, ex-presidente do país. Ele deveria ter deixado o cargo no primeiro semestre de 2024, só que a Ucrânia está sob lei marcial desde que foi invadida pela Rússia. Assim, as eleições presidenciais estão suspensas no país.

Na entrevista, Zelensky adotou um tom de conciliação a respeito de Trump e dos Estados Unidos. Ele afirmou que deseja que o papel dos Estados Unidos vá além da simples mediação pelo fim do conflito: “isso não é o suficiente”, afirmou, pedindo que o governo do republicano seja parceiro da Ucrânia nas negociações.

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