Economia

Inflação dos alimentos desacelera, mas café e frango seguem em alta

Após meses de aumento, o preço médio recua em janeiro, mas produtos básicos ainda pressionam o orçamento das famílias

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Depois de cinco meses com o pé no acelerador, o preço médio dos alimentos pisou levemente no freio. A variação em janeiro foi de +0,78%, abaixo da aferida em dezembro, que registrou um aumento de +1,8% e de novembro com +3,02%. Um dos itens que continua a influenciar os preços está o café, que aumentou na média nacional +8,56%. Em 12 meses o preço do produto variou +50,34%. Os dados são da AbrasMercado, indicador que acompanha os preços em supermercados e divulgados pela Abras, entidade do setor.

Um dado que preocupa muito é o preço do frango congelado. Desde o Plano Real, o item ocupa um papel de destaque na mesa dos brasileiros, que consumiram em média 45,6 quilos per capita no ano passado, contra 32,5 quilos de carne bovina. O aumento de preços do frango congelado foi +10,33% nos últimos 12 meses, sendo +2,51% em janeiro. Embora inferior a uma série de itens, o frango é um produto clássico na mesa das famílias de baixa renda. A boa notícia é que em janeiro alimentos básicos como leite longa vida (-1,53%), feijão (-1,35%), óleo de soja (-0,87%) e arroz (-0,54%) tiveram redução de preços.

No índice geral, as regiões que apontaram maiores altas em janeiro foram: Norte (+1,40) e Nordeste (+1,08). Esse ponto explica em parte a pressão que o governo vem sofrendo em sua avaliação e a queda brusca de percepção positiva exatamente nas áreas de sustentação eleitoral de Lula.

Comparado com janeiro do ano passado, houve uma evolução no consumo dos lares brasileiros em +2,2%. Em relação a dezembro, o número apresenta uma queda de -11,51%. A comparação com dezembro reflete a sazonalidade das festas de final de ano.

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