Mundo
Político de Honduras propõe a ‘anexação’ de seu país aos Estados Unidos
Mario Rivera, o Chano, defende um status semelhante ao de Porto Rico


O político hondurenho Mario Rivera, mais conhecido como Chano, lançou uma proposta para converter Honduras em um Estado Livre Associado aos Estados Unidos, a exemplo do que ocorre com Porto Rico.
Os porto-riquenhos integram um “território não incorporado” aos Estados Unidos. O país pôde criar, em 1952, sua própria Constituição e formar um governo local, mas sua autonomia é restrita — Washington controla as fronteiras, a defesa e as relações exteriores, por exemplo.
Pessoas que nascem em Porto Rico são cidadãos dos Estados Unidos e contribuem para a segurança social norte-americana, mas não votam em eleições para a Casa Branca, a menos que tenham residência legal em um estado ou território incorporado.
Sob controle dos Estados Unidos desde 1898, Porto Rico também enfrenta constantes problemas de infraestrutura, agravados pelo devastador furacão Maria, de 2017. Um caso recente foi o apagão generalizado na véspera de Ano Novo, que impactou 1,5 milhão de clientes da Luma Energy.
Rivera, por sua vez, protagoniza uma campanha intitulada “unamo-nos aos gringos”.
“Com a ajuda de Deus, a união com os gringos e a fé deste povo, vamos mudar”, diz ele em um vídeo publicado nas redes sociais.
O político, com experiência no mundo publicitário, alegou que a independência de Honduras falhou, razão pela qual “é hora de se integrar a uma nação que garante segurança, educação e todas as oportunidades de que o povo precisa”.
Ver essa foto no Instagram
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Trump conversa com Putin por telefone e diz que presidente russo visitará os EUA
Por CartaCapital
Inflação nos EUA sobe para 3% em janeiro e Trump culpa Biden
Por AFP
A nova ofensiva do governo Trump contra a USAID, a maior agência de assistência internacional do mundo
Por CartaCapital