Política

Após ameaças de Trump sobre taxação de aço, Alckmin defende o diálogo e diz que relação com os EUA é ‘equilibrada’

O vice-presidente afirmou ainda que a relação entre o Brasil e os EUA é ‘equilibrada’ e de ‘ganha-ganha’

Após ameaças de Trump sobre taxação de aço, Alckmin defende o diálogo e diz que relação com os EUA é ‘equilibrada’
Após ameaças de Trump sobre taxação de aço, Alckmin defende o diálogo e diz que relação com os EUA é ‘equilibrada’
Vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB). Foto: Cadu Gomes/VPR
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O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), reforçou a importância do diálogo e afirmou que o Brasil vai aguardar um anúncio oficial sobre uma possível taxação de 25% sobre as importações de aço e alumínio para os Estados Unidos.

“Vamos aguardar ainda essa questão da taxação. Da outra vez que isso foi feito tiveram cotas. Nossa posição é sempre a de colaboração, parceria em benefício das nossas populações”, disse o vice-presidente nesta segunda-feira 10.

Durante seu primeiro mandato, Trump fez uma medida parecida com o que tem ameaçado agora e impôs tarifas de 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio. Entretanto, depois, concedeu a vários parceiros comerciais cotas isentas de impostos, incluindo o Canadá, México e Brasil. O ex-presidente Joe Biden estendeu essas cotas para o Reino Unido, Japão e a União Europeia (UE).

Alckmin lembrou ainda que a relação entre o Brasil e os EUA é ‘equilibrada’ e de ‘ganha-ganha’. “No ano passado, o comércio Brasil-EUA cresceu fortemente e é equilibrado. Nós transportamos 40,2 bilhões de dólares e eles exportam para nós até um pouco mais, 40,5 bilhões de dólares”, afirmou.

Segundo um levantamento da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), as exportações brasileiras para os Estados Unidos em 2024 atingiram a marca recorde de 40,3 bilhões de dólares, uma elevação de 9,2% sobre o ano anterior.

As falas do vice-presidente se somam ao que o disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mais cedo, que despistou da pergunta sobre se o governo brasileiro poderia retaliar os EUA com a taxação de empresas norte-americanas do setor de tecnologia.

“O governo tomou uma decisão de só se manifestar oportunamente com base em decisões concretas, não em anúncios que podem ser mal interpretados, revistos. Então o governo vai aguardar a decisão oficialmente antes de qualquer manifestação”, explicou Haddad.

Determinado a avançar na sua proposta de guerra comercial com outros países do mundo, Trump anunciou, na noite de domingo 9, que os EUA iriam impor tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio.

“Todo aço que chegar aos Estados Unidos terá 25% de tarifas”, afirmou o republicano.

Ainda não há detalhes sobre como ou quando a medida seria implementada, mas Trump prometeu anunciar a taxação “na terça ou na quarta-feira”, que serviria para alinhar os impostos alfandegários de produtos que entram nos EUA.

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