Diversidade
Vereadora Amanda Paschoal denuncia Pavanato ao MP-SP por transfobia
Durante uma discussão no plenário da Câmara Municipal de São Paulo, o vereador insistiu reiteradamente que a colega é “biologicamente homem”


A vereadora Amanda Paschoal (PSOL-SP) acionou o Ministério Público de São Paulo contra o vereador Lucas Pavanato (PL-SP) pelo crime de injúria transfóbica nesta quinta-feira 6.
A denúncia foi apresentada após Pavanato, durante uma discussão no plenário da Câmara Municipal, insistir reiteradamente que a vereadora é “biologicamente homem”. “Biologicamente vossa excelência é homem. Eu tenho o direito de afirmar que uma transexual, por mais que se identifique como mulher, biologicamente não mudou,”, disse Pavanato, enquanto oferecia uma bíblia para a vereadora, afirmando que ela deveria “ler e se libertar”.
Na representação, Amanda pede a abertura de investigação criminal pelas ofensas de Pavanato, citando declarações anteriores que reforçam a denúncia de injúria transfóbica.
O documento também enfatiza que, ao oferecer a bíblia, Pavanato recorre ao discurso religioso para invalidar a identidade da vereadora, reforçando uma postura discriminatória recorrente.
“Transfobia é crime equiparável ao racismo. Não permitirei que um espaço público seja utilizado para perpetuar violências contra mim e minha comunidade. Por isso, solicitei a abertura de um inquérito criminal por injúria transfóbica, crime cuja pena varia de 2 a 5 anos de reclusão”, declarou Amanda a CartaCapital.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.