Educação

Indígenas decidem manter a ocupação da Seduc no Pará até que revogação da lei seja publicada

O protesto é em retaliação à aprovação da lei que ameaçava programas de ensino voltados às comunidades rurais, ribeirinhas, quilombolas e indígenas

Indígenas decidem manter a ocupação da Seduc no Pará até que revogação da lei seja publicada
Indígenas decidem manter a ocupação da Seduc no Pará até que revogação da lei seja publicada
A ocupação do prédio da Secretaria de Educação do Pará teve início no dia 4 de janeiro. Foto: Reprodução/Redes Sociais
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Os povos indígenas decidiram manter a ocupação do prédio da Secretaria de educação do Pará, até que o governo do estado oficialize a revogação da lei estadual 10.820.

“Afirmamos que a ocupação do prédio da Seduc continua, até que a revogação da Lei 10.820 seja publicada no Diário Oficial do Estado, materializando a vitória dos povos da Amazônia”, disseram as lideranças, em nota.

“Tudo poderia ter sido mais simples se o governador Helder Barbalho tivesse se disponibilizado ao diálogo desde o início, evitando esticar a corda e o desgaste que vivenciamos. Infelizmente, fomos obrigados a continuar na cidade, defendendo uma educação pública que cuide de nossas florestas e rios e adie o final do mundo”, completaram.

O projeto de lei que pauta a revogação da lei foi encaminhado à Assembleia Legislativa do Pará nesta quinta-feira 6, e deve ser votado em regime de urgência na próxima semana.

O compromisso foi firmado pelo governador Helder Barbalho (MDB) na quarta-feira 5, em um termo assinado em conjunto com o Sindicato das Trabalhadoras e Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará, o Sinteep.

A ocupação do prédio teve início no dia 4 de janeiro, em retaliação à aprovação da lei pelo governo do estado em dezembro do ano passado. Segundo as lideranças indígenas, a lei ameaçava programas de ensino voltados às comunidades rurais, ribeirinhas, quilombolas e indígenas, colocando em risco o acesso à educação em áreas remotas.

O movimento também ganhou a adesão dos professores do estado que deflagraram greve no último dia 23, reivindicando a reposição de perdas salariais e a valorização da carreira, incluindo gratificações. A categoria se reuniu em assembleia nesta quinta-feira para debater a proposta da revogação da lei, mas a reunião foi interrompida devido às chuvas, e deve ser retomada na próxima segunda-feira 10.

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