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Trump assina decreto para retirar os EUA do Conselho de Direitos Humanos da ONU

O documento também prolonga a suspensão de todo financiamento americano para a agência da ONU para refugiados palestinos, a UNRWA

Trump assina decreto para retirar os EUA do Conselho de Direitos Humanos da ONU
Trump assina decreto para retirar os EUA do Conselho de Direitos Humanos da ONU
O presidente dos EUA, Donald Trump, em 4 de fevereiro de 2025. Foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS/AFP
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta terça-feira 4 um decreto que retira o país de diversas agências da ONU e pede uma revisão do financiamento americano para a organização multilateral.

Concretamente, o decreto retira os Estados Unidos do Conselho de Direitos Humanos da ONU, órgão do qual não é membro, mas observador, e prolonga a suspensão de todo financiamento americano para a agência da ONU para refugiados palestinos, a UNRWA.

Os Estados Unidos, com vários outros países, suspenderam a contribuição financeira à UNRWA após Israel fazer acusações em janeiro de 2024 de que alguns funcionários da organização participaram dos ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023.

A decisão foi tomada “em vista das numerosas medidas adotadas por vários órgãos da ONU que demonstram um profundo viés antiamericano”, declarou Will Scharf, assessor de Trump, ao apresentar o documento ao presidente dos EUA para sua assinatura.

O decreto ainda pretende “revisar o envolvimento americano na Unesco”, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, “que também demonstrou um viés antiamericano”, acrescentou Scharf.

“De maneira mais geral, a ordem executiva pede uma revisão da participação e financiamento americano na ONU à luz das disparidades absurdas nos níveis de financiamento entre os diferentes países”, disse o assessor, lembrando que Trump havia considerado essas diferenças “profundamente injustas para os Estados Unidos”.

Logo após retornar à Casa Branca, em 20 de janeiro, o republicano assinou uma ordem executiva destinada a retirar os Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde, organismo que no passado havia criticado duramente por sua gestão da pandemia de Covid-19.

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