Mundo

Tribunal europeu condena Rússia por violar direitos de liberdade de expressão

A “promoção de relações sexuais não tradicionais” entre menores é um delito punível com multa na Rússia

Tribunal europeu condena Rússia por violar direitos de liberdade de expressão
Tribunal europeu condena Rússia por violar direitos de liberdade de expressão
Em muitos países, ainda é ilegal ser LGBT. Foto: OZAN KOSE / AFP.
Apoie Siga-nos no

O Tribunal Europeu de Direitos Humanos (TEDH) condenou, nesta terça-feira (4), a Rússia por violar a liberdade de expressão ao manter seis russos acusados de “promover a homossexualidade entre menores” na Internet.

Os demandantes são seis cidadãos russos nascidos entre 1973 e 2000. Eles são proprietários de um site e administradores de sites ou grupos de redes sociais, incluindo o www.gay.ru, um dos sites mais importantes relacionados a pessoas LGBTQ+ na Rússia, além do projeto on-line “Crianças-404. Adolescentes LGBT”.

Eles foram condenados por infrações administrativas e o acesso a seus sites ou páginas foi bloqueado com base no fato de que eles “promoviam a homossexualidade entre menores”.

A “promoção de relações sexuais não tradicionais” entre menores é um delito punível com multa na Rússia.

Em sua sentença, o Tribunal de Estrasburgo considerou que essas sanções “tinham a intenção de limitar o acesso das crianças às informações que descrevem as relações entre pessoas do mesmo sexo como fundamentalmente equivalentes às relações entre pessoas de sexos diferentes”.

O Tribunal concluiu que essas medidas constituem uma violação do Artigo 10 da Convenção Europeia de Direitos Humanos, referente à liberdade de expressão.

O TEDH é responsável pela aplicação da Convenção Europeia de Direitos Humanos nos 46 países signatários.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo