Mundo
Pior ataque a tiros em massa da história da Suécia deixa 10 mortos; veja o que se sabe
O autor não é conhecido das autoridades e não tem vínculos com qualquer grupo, informou a polícia
Dez pessoas morreram, entre elas o atirador, em um ataque a tiros, nesta terça-feira 4, em um centro de ensino para adultos em Örebro, no centro da Suécia, informou a polícia.
“Este é o pior ataque a tiros em massa da história” da Suécia, afirmou o primeiro-ministro Ulf Kristersson durante uma coletiva de imprensa depois do ataque, ocorrido após o meio-dia em Örebro, 200 quilômetros a oeste de Estocolmo.
O primeiro-ministro sueco informou que restam “muitas perguntas a responder” e instou a população a não “especular” sobre as motivações do atirador.
O chefe da polícia de Örebro, Roberto Eid Forest, reportou que “uma dezena de pessoas morreu” no ataque a tiros, no Campus Risbergska, uma escola para adultos, sem revelar quantas pessoas ficaram feridas no ataque.
“O autor não é conhecido da polícia e não tem vínculos com nenhum grupo”, acrescentou.
Segundo a emissora de televisão TV4, o suposto autor do ataque tinha 35 anos e a polícia revistou sua residência em Örebro. O homem tinha porte de armas e não tinha antecedentes criminais, prosseguiu o canal.
As autoridades não forneceram nenhum dado sobre o perfil do atirador ou suas motivações. Tampouco deram informação sobre a identidade ou a idade dos mortos, e se eram alunos ou professores do centro.
Ataques em centros de ensino são pouco frequentes na Suécia, mas nos últimos anos, o país foi cenário de tiroteios e ataques vinculados à violência das gangues, que deixam uma dezena de mortos ao ano.
Em março de 2022, um estudante de 18 anos matou a facadas dois professores em uma escola de ensino médio na cidade de Malmö (sul).
“Tiveram de se esconder”
Imagens feitas no local mostraram um forte contingente policial com ambulâncias e veículos de emergência. Os estudantes das escolas próximas e do centro de ensino em questão foram confinados “por razões de segurança”, informou a polícia.
Uma mãe cujo filho ficou retido em uma escola da região por várias horas durante a operação policial contou à AFP se sentir “abalada” e “irritada”.
“Meu filho está em sua escola atrás de nós. Eles também estão trancados. Tiveram de se esconder, então estou aguardando que sejam evacuados”, contou Cia Sandell, de 42 anos. “É uma loucura, uma loucura total, me sinto abalada e irritada. Isto não deveria acontecer.”
O ataque a tiros é investigado como “tentativa de homicídio, incêndio premeditado e crime agravado com armas”.
O rei Carl XVI Gustaf disse ter recebido a notícia do ataque com “tristeza e consternação” e enviou uma mensagem de condolências aos familiares dos mortos, informou o palácio real em um comunicado.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.


