Economia
Maioria da população é contra privatização da Petrobras, mostra pesquisa
Levantamento do PoderData aponta que 54% defendem que a petrolífera siga sob poder do Estado


Um levantamento divulgado nesta sexta-feira 31 pelo instituto PoderData (ligado ao site Poder360) mostra que a maioria da população brasileira defende que a Petrobras siga como uma empresa pública – ou seja, é contra qualquer proposta de privatização.
Segundo o levantamento, 54% dos brasileiros querem a manutenção da condição estatal da companhia, enquanto apenas 29% querem a privatização. Outros 18% não responderam. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
O PoderData realiza levantamentos semelhantes com frequência. Em todos os casos, pelo menos 50% dos participantes da pesquisa eram contra a privatização. Entretanto, nos levantamentos mais recentes houve uma leve queda no predomínio dessa opinião. Em 2023, por exemplo, 59% se diziam favoráveis à manutenção da empresa como estatal.
Outras privatizações
Os participantes da pesquisa foram consultados também se são a favor de privatizações de outras companhias. Para 47% dos participantes, o Estado deve seguir como responsável por todas as empresas públicas, como Banco do Brasil, Caixa Econômica e a própria Petrobras.
Por outro lado, 17% dos participantes responderam que defendem que todas as empresas públicas sejam privatizadas, enquanto 31% são favoráveis à venda de parte delas.
O PoderData ouviu 2.500 pessoas de todos os estados do País e do Distrito Federal, em entrevistas telefônicas realizadas entre os dias 25 e 27 de janeiro.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.