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Chefe da diplomacia dos EUA afirma que Trump fala sério quando diz querer comprar Groenlândia

A Dinamarca expressou preocupação com as ameaças do republicano e se reuniu aliados europeus

Chefe da diplomacia dos EUA afirma que Trump fala sério quando diz querer comprar Groenlândia
Chefe da diplomacia dos EUA afirma que Trump fala sério quando diz querer comprar Groenlândia
Presidente dos EUA, Donald Trump. Foto: Melina Mara/POOL/AFP
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Quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, diz querer comprar a Groenlândia, “não é piada”, declarou o chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, nesta quinta-feira 30, após a Dinamarca expressar sua preocupação com as ameaças do republicano.

Em uma entrevista à SiriusXM Radio, Rubio minimizou a ameaça de que os EUA usariam sua força militar contra a Dinamarca, aliada da Otan, mas foi claro sobre os comentários de Trump.

Isto não é uma piada (…) o presidente Trump já expôs o que pretende fazer, que é comprá-la“, disse. “Não se trata de adquirir terras pelo simples fato de adquirir terras. Isto é de nosso interesse nacional e precisa ser resolvido”, acrescentou.

Sobre as garantias da Otan à Dinamarca, afirmou que os EUA possuem um “acordo de defesa com eles para proteger a Groenlândia se ela for atacada”.

“Se já somos obrigados a fazer isso, então poderíamos ter mais controle sobre o que acontece lá”, considerou.

A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, reuniu aliados europeus diante das ameaças de Trump, com quem ela teria tido uma conversa telefônica tensa.

O secretário de Estado afirmou que não estava presente durante a ligação com Frederiksen, mas reconheceu que o magnata republicano “fala direta e francamente com as pessoas”.

“Em última instância, acredito que a diplomacia, em muitos casos, funciona melhor quando você é direto em vez de usar (…) uma linguagem que não leva a nada”, opinou Rubio.

O chefe da diplomacia americana expressou sua preocupação de que a China, que busca ter acesso ao Ártico, ganhe terreno na Groenlândia por meio de empresas estatais.

“É completamente realista acreditar que os chineses eventualmente, talvez até mesmo em curto prazo, tentarão fazer na Groenlândia o que fizeram no Canal do Panamá e em outros lugares”, afirmou.

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