Mundo
Bispo de Liverpool renuncia após acusações de assédio e agressão sexual
O líder da Igreja da Inglaterra, Justin Welby, também foi forçado a renunciar em novembro pela forma como tratou um caso de agressão física e sexual contra crianças
O bispo de Liverpool John Perumbalath anunciou sua renúncia nesta quinta-feira 30 após acusações de assédio e agressão sexual, em um novo golpe para a Igreja Anglicana, cujo líder, Justin Welby, renunciou recentemente.
Em nota, o bispo de Liverpool considerou sua posição “insustentável” após a transmissão pelo Canal 4 na terça-feira 28 de depoimentos de duas mulheres que o acusam.
Uma delas afirma que ele a beijou sem seu consentimento e também o acusa de tocá-la, em diversas ocasiões, entre 2019 e 2023. A outra diz que sofreu assédio sexual.
Perumbalath, que nega as acusações, afirmou que sua renúncia “não é consequência de um erro ou admissão de responsabilidade”.
“Tomei essa decisão para o meu próprio bem-estar, o de minha família e pelo o bem da diocese”, explicou.
Várias pessoas pediram sua renúncia após a transmissão do Canal 4.
A Igreja da Inglaterra declarou anteriormente que uma investigação interna apurou uma queixa contra o bispo em 2023, mas que não foram encontradas provas suficientes.
A instituição tem sido alvo de várias denúncias de agressão sexual. Seu líder, Justin Welby, foi forçado a renunciar em novembro pela forma como tratou um caso de agressão física e sexual contra crianças.
Um informe conclui que ele não denunciou imediatamente às autoridades o abusador de mais de 130 crianças e jovens ao longo de várias décadas.
O homem, um advogado ligado à Igreja da Inglaterra, morreu em 2018 na África do Sul sem nunca ter sido levado à Justiça.
AFP
Agência de notícias francesa, uma das maiores do mundo. Fundada em 1835, como Agência Havas.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.