Economia

Padilha reconhece não haver ‘truques’ para reverter queda na aprovação de Lula

O ministro defende as medidas do governo e espera um cenário de estabilidade econômica para frear inflação nos alimentos

Padilha reconhece não haver ‘truques’ para reverter queda na aprovação de Lula
Padilha reconhece não haver ‘truques’ para reverter queda na aprovação de Lula
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), avalia não haver “truques” para reverter o acúmulo de problemas que conduziram a uma queda na aprovação do governo Lula (PT).

Segundo o ministro, “quem pensa em truques, quem pensa em bala de prata sobre isso, em geral colhe um resultado negativo”.

“Não é a primeira vez que a gente governa o País”, sustentou Padilha, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, indicando que a experiência pode ser útil para encontrar caminhos que interrompam a trajetória de queda.

Razões para a preocupação não faltam. Só nesta semana, uma pesquisa Quaest indicou que a avaliação negativa do governo superou a positiva pela primeira vez, cenário também captado por um levantamento PoderData. Parte substancial da queixa da população com o governo está na inflação, especialmente nos alimentos, problema cuja solução Lula tem cobrado enfaticamente.

No plano da disputa política, o governo perdeu terreno para a oposição na crise gerada pela onda de boatos sobre o Pix, que forçou a revogação de uma norma da Receita Federal que serviria para ampliar a fiscalização da modalidade.

Na entrevista, o chefe da articulação política do governo não especificou quais iniciativas o Palácio do Planalto pretende adotar para mudar a trajetória de desaprovação, mas defendeu as políticas lançadas por Lula desde o início do mandato. 

“O governo faz um conjunto de medidas desde o primeiro dia de governo, de estímulo à produção, recuperação de estoques reguladores, que contribuem para que possa ter um aumento na segurança alimentar e reduzir qualquer impacto sobre isso”, afirmou.

Padilha ainda destacou o papel do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), de “ir conduzindo o ambiente econômico para a equalização da situação do câmbio, para, com serenidade, dissipar qualquer oscilação que teve no final do ano e que impacta, sem dúvida alguma, nos alimentos hoje”.

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