Mundo
Rubio congela quase toda a ajuda externa dos EUA, exceto para Israel e Egito
Os dois países estão entre os que mais recebem assistência militar dos norte-americanos


O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Marco Rubio, ordenou nesta sexta-feira 24 o congelamento de praticamente toda a ajuda externa, com exceção dos recursos destinados a Israel e ao Egito, segundo um memorando interno.
“Não serão alocados novos fundos até que cada nova concessão ou prorrogação proposta tenha sido revisada e aprovada”, de acordo com “a agenda do presidente” Donald Trump, afirma a nota à qual a AFP teve acesso.
A ajuda alimentar de emergência está isenta, mas o documento não menciona a Ucrânia, que recebeu bilhões de dólares em ajuda para se defender da Rússia durante a administração anterior do democrata Joe Biden, o que sugere que a assistência a Kiev também foi suspensa.
O memorando é consequência de um decreto assinado por Trump na segunda-feira, dia de sua posse, que ordena o congelamento por 90 dias da ajuda externa dos Estados Unidos.
Israel e Egito estão entre os países que mais recebem assistência militar dos EUA.
O memorando de Rubio, que justifica o congelamento, afirma que é impossível para a nova administração avaliar se os compromissos de ajuda externa existentes “não estão duplicados, e se são eficazes e consistentes com a política externa do presidente Trump”.
O mandatário republicano afirmou no decreto que “a indústria e a burocracia de ajuda externa dos Estados Unidos não estão alinhadas com os interesses americanos e, em muitos casos, são contrárias aos valores do país”.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Os índices de aprovação de Trump no início do governo, segundo AtlasIntel
Por CartaCapital
Putin está ‘pronto’ para falar com Trump e espera ‘sinais’ dos EUA, afirma Kremlin
Por AFP
Trump inicia campanha de deportação em massa de imigrantes irregulares nos EUA
Por AFP