Mundo
Michael Bloomberg financiará órgão climático da ONU após retirada dos EUA
A saída do Acordo de Paris foi uma das primeiras medidas anunciadas por Donald Trump após voltar à Casa Branca
O bilionário americano Michael Bloomberg anunciou nesta quinta-feira 23 que sua fundação financiará o órgão de mudanças climáticas da ONU depois que o presidente Donald Trump retirou seu país do Acordo de Paris.
A intervenção de Bloomberg permitirá que a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC) mantenha seu financiamento, apesar de os Estados Unidos suspenderem suas contribuições.
Os Estados Unidos fornecem 22% do orçamento do secretariado da UNFCCC, cujos custos operacionais para o período de 2024-2025 estão projetados em cerca de 96,5 milhões de dólares (575 milhões de reais).
“De 2017 a 2020, durante um período de inação federal, cidades, estados, empresas e o público responderam ao desafio de preservar os compromissos de nosso país, e agora estamos prontos para fazê-lo novamente”, disse Bloomberg, que atua como Enviado Especial da ONU para Ambição e Soluções Climáticas, em um comunicado.
Esta é a segunda vez que Bloomberg, que já foi prefeito de Nova York representando o Partido Republicano – o mesmo de Trump – preenche o vazio deixado pela retirada dos EUA.
Em 2017, quando o primeiro governo Trump se retirou do Acordo de Paris, Bloomberg ofereceu até 15 milhões de dólares para apoiar a UNFCCC.
Ele também lançou uma iniciativa para monitorar o cumprimento dos compromissos climáticos dos EUA, permitindo que o mundo verificasse o progresso do país como se ele ainda fizesse parte do Acordo de Paris.
Bloomberg garantiu que, desta vez, manterá o compromisso de informar sobre o progresso climático.
“Contribuições como essa são vitais para permitir que o secretariado climático da ONU apoie os países no cumprimento de seus compromissos sob o Acordo de Paris e para promover um futuro de baixa emissão, resiliente e seguro para todos”, disse Simon Stiell, secretário da UNFCCC.
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