Mundo

‘Não queremos ser americanos’, diz o primeiro-ministro da Groenlândia

Em janeiro, Donald Trump não descartou uma intervenção militar para controlar esse território e o Canal do Panamá

‘Não queremos ser americanos’, diz o primeiro-ministro da Groenlândia
‘Não queremos ser americanos’, diz o primeiro-ministro da Groenlândia
O primeiro-ministro da Groenlândia, Mute Egede, em 19 de janeiro de 2025. Foto: Emil Nicolai Helms/Ritzau Scanpix/AFP
Apoie Siga-nos no

O primeiro-ministro da Groenlândia declarou, nesta terça-feira 21, que esse território autônomo da Dinamarca quer traçar seu próprio futuro e não se tornar um território americano, após novos comentários do presidente eleito Donald Trump sobre assumir o controle da ilha.

Trump, que assumiu o cargo na segunda-feira, deu o alarme no início de janeiro ao não descartar uma intervenção militar para controlar o Canal do Panamá e a Groenlândia.

“Nós somos groenlandeses. Não queremos ser americanos. Também não queremos ser dinamarqueses. O futuro da Groenlândia será decidido pela Groenlândia“, enfatizou o primeiro-ministro Mute Egede em uma coletiva de imprensa, destacando que a ilha enfrentava uma “situação difícil”.

Embora Trump não tenha mencionado a Groenlândia em seu discurso de posse na segunda-feira, ele foi questionado sobre o assunto por repórteres no Salão Oval mais tarde.

“A Groenlândia é um lugar maravilhoso, precisamos dela por motivos de segurança internacional”, respondeu o republicano. “Tenho certeza de que a Dinamarca está de acordo: Está lhes custando muito dinheiro mantê-la.”

O ministro das Relações Exteriores da Dinamarca, Lars Lokke Rasmussen, disse, nesta terça-feira, que nenhum país deveria ser capaz de simplesmente se apropriar de outro.

“Não é possível que certos países, se forem grandes o suficiente e não importa como se chamem, possam simplesmente tomar o que quiserem”, afirmou Lokke à imprensa.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo