Política
Ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz ganha cargo de subsecretário em Saquarema (RJ)
O ex-PM admitiu participação em esquema de ‘rachadinha’ no gabinete do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
Fabrício Queiroz, o ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), foi nomeado subsecretário de Segurança e Ordem Pública da prefeitura de Saquarema (RJ).
Queiroz, conhecido pelo caso das “rachadinhas”, chegou a admitir ao Ministério Público que era o operador financeiro de um esquema em que assessores indicados por ele deveriam entregar parte dos seus vencimentos. Ele segue sustentando, porém, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não tinha conhecimento da prática.
Queiroz foi preso durante as investigações, em junho de 2020, no interior de São Paulo. No ano seguinte, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) revogou a sua prisão — àquela altura, domiciliar.
A nomeação para o cargo em Saquarema, publicada na edição da última segunda-feira 13 do Diário Oficial, foi feita pela prefeita do município, Lucimar Vidal (PL).
De acordo com a prefeitura, Queiroz deverá “auxiliar o secretário da pasta na gestão administrativa, na formulação, coordenação e supervisão das políticas de segurança e ordem pública”.
O despacho não apresenta o salário que Queiroz irá receber pelo cargo, que será comissionado.
Eleição frustrada
Queiroz será subsecretário no município em que, no ano passado, concorreu para o cargo de vereador. Ele recebeu 588 votos e não se elegeu, ficando como primeiro suplente da sua sigla, o PL.
Antes, nas eleições de 2022, ele se candidatou para o cargo de deputado estadual no Rio, mas teve apenas 6,7 mil votos e não conseguiu se eleger.
CartaCapital
Há 31 anos, a maior referência progressista em jornalismo no Brasil.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
