Sociedade

Operação contra grupo responsável por anabolizantes clandestinos prende 14 pessoas

A Polícia e o Ministério Público do Rio apontam que grupo movimentava quantia milionária com negócio irregular

Operação contra grupo responsável por anabolizantes clandestinos prende 14 pessoas
Operação contra grupo responsável por anabolizantes clandestinos prende 14 pessoas
Foto: Divulgação/Ministério Público
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Pelo menos 14 pessoas foram presas em operação da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) contra pessoas acusadas de envolvimento na fabricação e comercialização de anabolizantes clandestinos.

Um dos presos é Miguel Barbosa de Souza Costa Júnior, apontado como chefe da organização criminosa. Ele foi preso em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio.

Além das prisões, os agentes também cumpriram 23 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e no Distrito Federal. As pessoas envolvidas foram denunciadas pelo MPRJ, apontados como responsáveis por toda a distribuição dos produtos. Eles podem responder por associação, crime contra a saúde pública e outros crimes.

Como funcionava o suposto esquema

Segundo as investigações, os envolvidos faziam parte “do maior grupo de revenda de anabolizantes clandestinos do país”, de acordo com o delegado responsável pelo caso, Luiz Henrique Martins.

Os agentes apontaram que os produtos fabricados e distribuídos pelo grupo continham, nas suas fórmulas, substâncias tóxicas, a exemplo de repelentes contra insetos. No mercado, o grupo revendia marcas sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): Next, Thunder Group, Venon, Pharma Bulls, Supreme, Kraft e Blank são alguns dos nomes.

“As investigações mostram que eles enviavam mercadorias para 26 dos 27 estados brasileiros. Além disso, algumas instalações utilizadas foram montadas em áreas dominadas pelo tráfico para dificultar possíveis investigações”, explicou o promotor Pedro Simão.

Os investigadores concluíram que o grupo estimulava a venda de produtos através do patrocínio de eventos de fisiculturismo, do apoio a atletas do setor e pela atividade de influenciadores nas redes sociais. A suspeita é que o grupo pagava mais de 10 mil reais por mês a cada pessoa responsável por promover os anabolizantes clandestinos.

Somente em seis meses, foram 80 milhões de reais movimentados no negócio, que era anunciado na internet. As defesas dos envolvidos ainda não se manifestaram sobre a operação.

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