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O que se sabe sobre o caso do GCM que matou secretário de Osasco (SP)

Henrique, que trabalha há dez anos na corporação, teve a prisão mantida após passar por audiência de custódia

O que se sabe sobre o caso do GCM que matou secretário de Osasco (SP)
O que se sabe sobre o caso do GCM que matou secretário de Osasco (SP)
Guarda civil é preso após matar o secretário-adjunto da Segurança de Osasco. Foto: Reprodução/TV Globo
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A Polícia Civil de São Paulo trabalha com a possibilidade de ter existido um desentendimento anterior entre o guarda civil municipal Henrique Marival de Sousa e o secretário-adjunto de Segurança Pública de Osasco, Adilson Moreira, morto por ele nas dependências da prefeitura. O crime ocorreu na segunda-feira 6.

Outra linha de investigação, afirmou nesta terça-feira o delegado José Luiz Nogueira, responsável pela apuração, diz respeito a um possível surto após o GCM ter sido comunicado uma troca no regime trabalho. “As investigações prosseguem no sentido em que havia, sim, alguma animosidade, algo entre eles pretérito que culminou nesse caso”, afirmou Nogueira.

Henrique, que trabalha há dez anos na corporação, teve a prisão mantida após passar por audiência de custódia. Com ele foram apreendidos uma pistola calibre .40, dois carregadores, um coldre e diversos cartuchos, além de oito estojos e quatro fragmentos de projéteis. O celular do guarda e um simulacro que estava em seu cargo também encontra-se sob o poder dos investigadores.

Testemunhas afirmaram à Polícia que o guarda realizava serviços internos, com atuação na equipe de segurança da primeira-dama, e foi comunicado pelo secretário que voltaria ao serviço do “dia a dia de rua”. Depois da reunião com a equipe, Moreira fez uma conversa individual com cada guarda e, no momento dos disparos, apenas ele e o suspeito estavam na sala.

O guarda disparou pelo menos oito tiros contra o número 2 da Segurança, que não portava arma de fogo no momento do crime. Henrique ainda se trancou no local com o morto, se entregando aos policiais por volta das 19h30.

O prefeito de Osasco, Gerson Pessoa (Podemos), lamentou o ocorrido e afirmou que a Prefeitura oferecerá todo o suporte necessário à família de Moreira. O ex-prefeito, Rogério Lins, também se manifestou, lamentando a morte do secretário, a quem chamou de “grande combatente” e “amigo”.

Pessoa também decretou luto oficial de três dias em virtude da morte do secretário-adjunto. Adilson Custódio Moreira tinha 53 anos e era uma figura conhecida na segurança pública de Osasco. A vítima chegou chefiar a pasta municipal como titular, em 2018, e atuava como servidor público desde 2000.

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