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Israel acusa Hezbollah de violar acordo de trégua e ameaça agir ‘com força’

O acordo de trégua entrou em vigor em 27 de novembro, dois meses após uma guerra aberta entre Israel e o grupo islâmico

Israel acusa Hezbollah de violar acordo de trégua e ameaça agir ‘com força’
Israel acusa Hezbollah de violar acordo de trégua e ameaça agir ‘com força’
Uma foto de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah morto por Israel, é exibida em meio a destroços da guerra em Beirute, no Líbano. Foto: AFP
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O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, acusou o Hezbollah libanês, neste domingo (5), de não cumprir os termos de um acordo de cessar-fogo e advertiu que seu país atuará “com força”.

Katz disse que os combatentes do Hezbollah ainda não haviam se retirado para o norte do rio Litani, no sul do Líbano, a cerca de 30 quilômetros da fronteira israelense.

“Se esta condição não for cumprida, não haverá acordo e Israel será forçado a agir unilateralmente para garantir o retorno seguro das pessoas do norte (israelense) para suas casas”, acrescentou.

O acordo de trégua entrou em vigor em 27 de novembro, dois meses após uma guerra aberta entre Israel e o Hezbollah, que saiu do conflito consideravelmente enfraquecido e com sua liderança dizimada.

De acordo com o texto, o Exército libanês e as forças de paz da ONU devem se posicionar no sul do Líbano. Além disso, o Exército israelense deve se retirar em 60 dias. Ele também prevê a retirada do Hezbollah a cerca de 30 km da fronteira israelense.

Desde o início do cessar-fogo, os dois lados acusam-se de repetidas violações.

Em setembro, Israel intensificou sua campanha de bombardeios contra os redutos do Hezbollah no Líbano e enviou tropas para o sul do país, após cerca de um ano de confrontos transfronteiriços iniciados pelo grupo libanês em apoio ao movimento islamista palestino Hamas, em guerra com Israel na Faixa de Gaza desde 7 de outubro de 2023.

O objetivo da campanha militar israelense era impedir que os foguetes do Hezbollah fossem disparados contra o norte de Israel e afastar os combatentes do movimento islamista da fronteira norte israelense, para permitir que os deslocados voltassem para casa.

“A primeira condição para a implementação do acordo é a retirada da organização terrorista Hezbollah [até o norte] do rio Litani e a destruição de todas as armas e o desmantelamento da infraestrutura terrorista pelo Exército libanês, o que ainda não foi feito”, disse Katz.

Mais de um mês após a entrada em vigor do acordo, os militares israelenses retiraram-se de apenas um setor do sul do Líbano, Khiam, onde o Exército está posicionado.

As forças de paz da ONU no Líbano e o Exército libanês acusaram Israel de violar repetidamente o acordo de cessar-fogo.

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