Mundo
Bombardeios israelenses deixam mais de 20 mortos em Gaza
Bombardeio aconteceu na região de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza
Israel atacou durante a noite uma zona declarada humanitária no sul de Gaza, deixando 11 mortos, inclusive o chefe da agora desmantelada polícia do território palestino e seu adjunto, informaram equipes de resgate nesta quinta-feira (2).
Catorze pessoas perderam a vida em outros dois ataques israelenses em regiões diferentes do território, afirmou a Defesa Civil de Gaza.
O exército israelense confirmou o bombardeio noturno na região de Khan Yunis, no sul da Faixa, e disse que foi direcionado ao chefe adjunto de polícia Hussam Shahwan por seu suposto envolvimento no planejamento de atentados contra tropas israelenses.
Segundo a Defesa Civil, Shahwan está entre os 11 mortos no ataque, no qual, segundo socorristas e autoridades de Gaza, também morreu o ex-chefe de polícia, Mahmud Salah.
“Onze pessoas foram martirizadas, inclusive três crianças e duas mulheres, e 15 ficaram feridas depois que aviões da ocupação [israelense] bombardearam uma barraca com pessoas deslocadas na região de Al Mawasi, a oeste da cidade de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza”, informou a Defesa Civil em um comunicado.
O exército israelense, que não fez comentários sobre a morte do ex-chefe de polícia Salah, detalhou que seu subordinado, Shahwan, “era responsável por analisar avaliações de inteligência em coordenação com […] o braço armado do Hamas” em ataques contra as forças israelenses em Gaza.
Em nota, o Ministério do Interior de Gaza, chefiado pelo movimento islamista palestino, condenou a morte dos dois altos funcionários, afirmando que “estavam cumprindo seu dever humanitário e nacional de servir ao nosso povo”.
O exército israelense não fez comentários sobre os ataques na quinta-feira em outras áreas da Faixa de Gaza.
Na véspera, o ministro israelense da Defesa, Israel Katz, ameaçou intensificar os ataques em Gaza se o Hamas continuar disparando foguetes em direção a Israel.
Os disparos dos últimos dias causaram poucos danos em Israel, mas são vistos como um golpe político para o governo israelense após mais de um ano de guerra.
O número de foguetes disparados a partir da Faixa de Gaza é significativamente inferior ao do início da guerra, iniciada em 7 de outubro de 2023 com o ataque letal do Hamas em solo israelense.
Katz também exigiu a libertação dos reféns retidos no território pelo movimento islamista palestino.
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