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Sistema de saúde em Gaza está ‘à beira do colapso total’, denuncia a ONU

Relatório aponta que hospitais em territórios palestinos se tornaram ‘armadilhas mortais’

Sistema de saúde em Gaza está ‘à beira do colapso total’, denuncia a ONU
Sistema de saúde em Gaza está ‘à beira do colapso total’, denuncia a ONU
Hospitais na Faixa de Gaza foram atingidos por bombardeios israelenses – Foto: Omar Al-Qatta / AFP
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O sistema de saúde de Gaza está “à beira do colapso total” devido aos incessantes bombardeios israelenses contra hospitais, denunciou a ONU em um relatório publicado nesta terça-feira 31.

Para o gabinete dos direitos humanos das Nações Unidas, os hospitais no território palestino tornaram-se “armadilhas mortais” e isso tem “um efeito catastrófico no acesso dos palestinos à saúde e aos cuidados médicos”.

“O padrão israelense de ataques mortais nos hospitais de Gaza e perto deles, e os combates associados, levaram o sistema de saúde à beira do colapso total”, segundo um comunicado daquela entidade da ONU.

O relatório de 23 páginas intitulado Ataques a hospitais durante a escalada das hostilidades em Gaza analisa o período de 7 de outubro de 2023 a 30 de junho de 2024.

A guerra em Gaza eclodiu na primeira dessas datas, quando o movimento islamista palestino Hamas atacou Israel, deixando 1.208 mortos, a maioria civis, segundo um relatório da AFP baseado em números oficiais israelenses.

A campanha de retaliação israelense custou mais de 45.500 vidas em Gaza, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do território governado pelo Hamas. A ONU considera os números confiáveis.

O relatório da ONU pediu investigações confiáveis sobre os acontecimentos relatados e insistiu que elas devem ser independentes dadas as “limitações” do sistema judicial de Israel em relação à conduta das suas forças armadas.

Também pediu que “todo o pessoal médico detido arbitrariamente seja libertado imediatamente”.

Insistiu que Israel, “como potência ocupante, deve garantir e facilitar o acesso da população palestina a cuidados de saúde adequados, e que os futuros esforços de recuperação e reconstrução priorizem a restauração da capacidade médica, destruída nos últimos 14 meses de intenso conflito”.

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