Mundo

Míssil lançado por rebeldes houthis fere 16 pessoas e deixa cratera em playground de Tel Aviv

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tem elevado o tom contra o grupo instalado no Iêmen

Míssil lançado por rebeldes houthis fere 16 pessoas e deixa cratera em playground de Tel Aviv
Míssil lançado por rebeldes houthis fere 16 pessoas e deixa cratera em playground de Tel Aviv
Socorristas israelenses observam cratera em um playground de Tel Aviv após a queda de um míssil lançado por rebeldes houthis neste sábado. Foto: Jack GUEZ / AFP
Apoie Siga-nos no

Dois dias depois de bombardear o Iêmen, Israel indicou neste sábado (21) que um projétil atingiu um parque infantil em Tel Aviv e feriu 16 pessoas. Os rebeldes houthis reivindicaram o ataque em um comunicado, afirmando que o míssil balístico hipersônico “Palestine 2” visou “um alvo militar no território inimigo”.

Além de deixar uma cratera em um playground em Jaffa, ao sul da capital israelense, o ataque estilhaçou os vidros das janelas de vários imóveis, ferindo quase vinte pessoas. Os serviços de socorro foram acionados às 3h48 do horário local (10h48 em Brasília) e enviaram um importante contingente ao local.

“Vimos uma imensa bola de fogo no céu, como nos filmes”, afirmou Ido Barnea, cujo apartamento foi danificado na explosão. “Tivemos sorte, porque não houve tempo suficiente para procurarmos um abrigo”, disse Noa Mosseri, outra moradora de Jaffa, que saiu ilesa.

As forças israelenses reconheceram o fracasso ao não conseguir interceptar o míssil. No Telegram, o exército do país indicou que “sirenes soaram em Tel Aviv” e que “um projétil foi identificado”, mas as tentativas de derrubá-lo “não tiveram sucesso”. Um comunicado afirma que “verificações estão sendo realizadas para compreender precisamente porque o míssil não foi destruído” pelo poderoso sistema de defesa do país.

Horas depois, os rebeldes houthis reivindicaram o ataque contra Tel Aviv. Em nota, os insurgentes iemenitas indicaram que o projétil foi lançado em resposta “aos massacres contra o povo de Gaza” e “em represálias às agressões israelenses contra o nosso país”.

Nove mortos em ataque israelense

Na quinta-feira (19), em resposta a outro míssil houthi que provocou danos significativos em uma escola de Ramat Gan, perto de Tel Aviv, o exército israelense bombardeou pela primeira vez instalações na capital Sanaa, controlada pelo grupo rebelde iemenita. Segundo os houthis, pelo menos nove pessoas morreram nos ataques, que atingiram um porto e infraestruturas energéticas.

“Os houthis estão descobrindo, e continuarão descobrindo, da maneira mais difícil, que aqueles que atacam Israel pagarão um preço elevado”, afirmou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na quinta-feira.

Os houthis integram o chamado “eixo da resistência”, uma rede de organizações vinculadas ao Irã e hostis ao Estado de Israel, que inclui o Hezbollah libanês, o Hamas palestino e o regime sírio deposto de Bashar al-Assad. Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, os rebeldes iemenitas lançaram vários ataques contra Israel, mas a maior parte dos projéteis originários do Iêmen não provocaram estragos no país inimigo.

No entanto, em julho, a morte de um civil palestino em Tel Aviv após a explosão de um drone lançado do Iêmen resultou em uma intensa represália israelense. A ofensiva deixou ao menos seis mortos e estragos expressivos no porto de Hodeida.

“A coragem e a determinação de nossos irmãos iemenitas em apoio à população palestina são uma uma fonte de orgulho e honra para todos os povos livres do mundo”, indicou o movimento Jihad Islâmica em comunicado neste sábado.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo