

Opinião
Prosperidade à vista
Como bem disse o presidente Lula, “em 2025 vamos começar a colher o que plantamos”


Chegamos ao fim de mais um ano, o segundo do atual governo Lula, com duas certezas: a de que as nossas missões em 2024 foram todas cumpridas e a de que vamos atingir metas ainda mais promissoras em 2025. Dessa vez, o “Próspero Ano-Novo” que todos desejamos vai além da mera esperança, vem se desenhando em dados concretos.
Se 2023 foi marcado pela recuperação de uma nação reduzida a uma “terra arrasada” após o abandono do governo anterior, 2024 fica caracterizado como um ano de plantio. Recuperamos o solo, resgatamos nossa capacidade de produzir, assentamos as sementes e, como bem disse o presidente Lula, “em 2025 vamos começar a colher o que plantamos”.
Presenciamos o relançamento de políticas públicas de sucesso, criadas por governos nossos, que felizmente foram retomadas com foco na prosperidade das famílias e na reestruturação da rede de proteção social destruída no período anterior. Mais do que reeditar ações como Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida, Luz para Todos e Farmácia Popular, o governo Lula conseguiu restabelecer os laços da União com estados e municípios para que este aparato social pudesse chegar em todos os cantos do País. Vimos também nascer programas como Pé de Meia, Desenrola Brasil e Novo PAC, e tivemos índices históricos de geração de empregos.
Os motivos para celebrar, portanto, são muitos, mas vou aqui relembrar apenas alguns. A começar pela histórica aprovação no Congresso da regulamentação da reforma tributária, aguardada pela sociedade brasileira há 40 anos e que agora se torna realidade. Ela não apenas simplifica e moderniza o nosso sistema de impostos, desde a cobrança até a divisão entre os entes federativos, mas também promove justiça fiscal. Quem ganha mais, paga mais. Quem ganha menos, paga menos ou nada. Vale destacar que a proposta prevê imposto zero para produtos da cesta básica, que foi ampliada, e um sistema de cashback para famílias de baixa renda.
Conseguimos também aprovar a lei, já sancionada, que isenta do pagamento de Imposto de Renda quem recebe até dois salários mínimos por mês. De igual maneira, criamos o Acredita no Primeiro Passo para tornar definitivos diversos programas com linhas de crédito para pequenos negócios e para pessoas de baixa renda que desejam empreender.
Aliado a todas essas iniciativas, o Brasil atingiu este ano a menor taxa de desemprego de toda a série histórica (6,2%). Somos superavitários na balança comercial e o PIB brasileiro cresceu 4% no terceiro trimestre de 2024, em relação ao mesmo período de 2023. Diante de dados tão positivos, é injustificável o movimento da chamada “mão invisível do mercado”, que pressiona a taxa de juros e alimenta a especulação financeira, resultando na alta do dólar. Um desajuste que só favorece milionários e beneficiários do rentismo, e prejudica sobretudo a população mais vulnerável, a padecer com a disparada do custo de vida.
Nesse sentido, me somo à indignação do deputado Luiz Carlos Hauly, do Podemos, em discurso que viralizou nas redes sociais recentemente. Apesar de ser oposição ao nosso governo, demonstrou ser um democrata ao tratar a postura do mercado financeiro como “crime de lesa-pátria”. Ele reforçou que “a economia não pertence a nenhum governo, mas ao povo brasileiro” e fez questão de alertar que os nossos indicadores estão melhores que a média dos países da OCDE.
Outro destaque do ano foram os avanços com a pauta ambiental, com uma Agenda Verde sólida, que nos coloca na trilha da tão sonhada transição energética. A partir do diálogo entre o Congresso e o governo, aprovamos leis para regulamentar o mercado de carbono, a produção de hidrogênio verde, os bioinsumos, a Política Nacional de Economia Circular, iniciativas fundamentais para incentivar a redução das emissões poluentes.
Recuperamos o prestígio internacional e voltamos a dialogar em pé de igualdade com todas as nações. Sob a liderança de Lula, apresentamos a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, um marco deste ano em que o Brasil exerceu a Presidência do G–20. No âmbito do Mercosul, o acordo com a União Europeia foi, enfim, anunciado na 65ª Cúpula do bloco, um feito histórico que virou realidade após décadas de negociação. Tivemos grande destaque na 79ª Assembleia-Geral da ONU, quando o presidente foi enérgico ao cobrar ações para combater a fome e as mudanças climáticas.
Portanto, se há ainda alguma torcida contra o nosso sucesso, ela é interna e minoritária. Externamente, o Brasil voltou a ser visto como uma democracia altiva, independente e capaz de inspirar outros países. Temos plena consciência de que ainda há muito a ser feito, mas iniciaremos mais um ano com a certeza de que estamos no caminho certo.
Vamos em frente. Feliz 2025 para todos nós! •
Publicado na edição n° 1342 de CartaCapital, em 24 de dezembro de 2024.
Este texto aparece na edição impressa de CartaCapital sob o título ‘Prosperidade à vista’
Este texto não representa, necessariamente, a opinião de CartaCapital.
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