Do Micro Ao Macro

Porque incluir mudanças climáticas na Gestão de Riscos Corporativos em 2025

Especialistas destacam a necessidade de alinhar mudanças climáticas às práticas de governança e conformidade

Porque incluir mudanças climáticas na Gestão de Riscos Corporativos em 2025
Porque incluir mudanças climáticas na Gestão de Riscos Corporativos em 2025
Empresas devem integrar riscos climáticos à gestão corporativa em 2025
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As mudanças climáticas continuam gerando prejuízos significativos em várias partes do mundo. De acordo com o relatório da Aon Seguros, eventos climáticos extremos causaram perdas de 380 bilhões de dólares no último ano.

Além disso, o Stern Review aponta que essas mudanças podem reduzir o PIB global em 5% ao ano. Para comparação, o crescimento do PIB mundial em 2022 foi de 3%.

Por outro lado, os impactos variam conforme a região. Carla Leal, doutora em finanças com foco em ESG pelo Mackenzie e CRO da Ambipar ESG, destaca que na América Latina a perda estimada é de 3%.

Entretanto, no Sul da Ásia e na Itália, essas perdas podem chegar a 15%, dependendo de fatores como atividade econômica e condições geográficas.

Pressões regulatórias exigem adaptação

Nesse contexto, empresas enfrentam pressões crescentes para adotar medidas relacionadas às mudanças climáticas. Claudinei Elias, CEO da Ambipar ESG, destaca que as regulamentações globais estão se tornando mais rígidas.

Além disso, ele explica que investidores, consumidores e stakeholders têm impulsionado ações voltadas à gestão climática. Segundo Elias, empresas que não se adaptam correm o risco de perder acesso a capital e comprometer sua reputação.

Ele reforça que essas questões não afetam apenas o meio ambiente, mas também a sustentabilidade dos negócios. As mudanças climáticas representam desafios diretos, tanto pelas transformações em si quanto pelas novas exigências legais.

Conexão entre GRC e gestão climática

Para Elias, integrar a gestão de riscos climáticos à área de Governança, Riscos e Conformidade (GRC) é essencial. Ele sugere que isso permite às empresas utilizar dados já disponíveis para estruturar a identificação e categorização dos riscos.

Entre os riscos destacados estão os físicos, como eventos climáticos extremos, e os de transição, que incluem mudanças regulatórias e de mercado. A partir dessa análise, as empresas podem desenvolver planos de mitigação e adaptação.

Esses planos ajudam a minimizar os impactos identificados e garantir que as empresas estejam preparadas para lidar com essas questões no longo prazo.

Planos de continuidade aumentam resiliência

Carla Leal também enfatiza a importância de um Plano de Continuidade de Negócios (PCN). Segundo ela, o PCN deve ser bem estruturado e acompanhado de ferramentas tecnológicas para monitoramento e resposta rápida a crises.

Com isso, as empresas podem reduzir os impactos das mudanças climáticas e aumentar sua resiliência. Como Carla reforça, “empresas que se antecipam aos riscos emergem mais fortes após desastres.”

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