Política

Quem é Genilson Costa, presidente da Câmara de Boa Vista preso pela PF

O vereador é suspeito de liderar um esquema de compra de votos com apoio do tráfico de drogas

Quem é Genilson Costa, presidente da Câmara de Boa Vista preso pela PF
Quem é Genilson Costa, presidente da Câmara de Boa Vista preso pela PF
Créditos: Reprodução
Apoie Siga-nos no

A Polícia Federal prendeu, na manhã desta quarta-feira 18, o presidente da Câmara de Boa Vista (RR), Genilson Costa (Republicanos), em uma operação que investiga a suspeita de compra de votos com apoio do tráfico de drogas. Também foi preso o subcomandante-Geral da PM do estado, coronel Francisco das Chagas Lisboa.

Segundo as investigações, ao menos 1 milhão de reais teriam sido utilizados na compra de votos.

De acordo com os investigadores, Genilson era o líder do esquema e contava com o apoio de agentes públicos, incluindo o subcomandante da PM, que o manteria informado sobre denúncias a respeito da compra de votos.

“O inquérito policial aponta que o vereador, que já foi investigado em outros momentos por diversos crimes, teria recebido patrocínio do tráfico para o exercício de suas atividades parlamentares, inclusive, para a disputa à presidência da casa legislativa municipal”, detalhou a PF, em nota.

Os agentes sustentam que o vereador tinha um grupo em um aplicativo de mensagens no qual os envolvidos faziam prestação de contas sobre o esquema.

Ainda de acordo com a corporação, os investigados poderão ser indiciados pelos crimes de associação criminosa, corrupção eleitoral, falsidade ideológica eleitoral, transporte ilegal de eleitores, violação do sigilo do voto, violação de sigilo funcional, prevaricação e lavagem de dinheiro.

A apuração começou após os agentes prenderem em flagrante, em 5 de outubro, dez pessoas pelo crime de corrupção eleitoral. Na ocasião, um suspeito, apontado como líder de campanha, teria cooptado eleitores para votar no candidato que disputava a reeleição ao cargo de vereador.

De acordo com os agentes, as pessoas teriam recebido, como contrapartida pelo voto, valores entre 100 e 150 reais.

No dia seguinte à prisão, os policiais federais realizaram diligências que identificaram a prática de diversos crimes eleitorais. Costa chegou a ser preso em flagrante por corrupção eleitoral, lavagem de dinheiro e por ter ouro em sua forma bruta em sua residência, o que é crime. No entanto, foi liberado posteriormente por um habeas corpus.

Genilson Costa está em seu quinto mandato como vereador, o segundo por Boa Vista. Na atual legislatura, foi eleito presidente da Câmara Municipal.

A reportagem de CartaCapital procurou o mandato do vereador para se manifestar sobre o caso e aguarda resposta.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo