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PF e Gaeco deflagram operação contra policiais e delegado por suposto envolvimento com o PCC

Agentes federais cumprem oito mandados de prisão em São Paulo

PF e Gaeco deflagram operação contra policiais e delegado por suposto envolvimento com o PCC
PF e Gaeco deflagram operação contra policiais e delegado por suposto envolvimento com o PCC
Foto: Polícia Federal/Divulgação
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Sete pessoas suspeitas de envolvimento com a facção Primeiro Comando da Capital (PCC) foram presas nesta terça-feira 17, durante uma operação da Polícia Federal (PF) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ligado ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP), contra a organização criminosa.

Do total de presos, três são policiais de São Paulo. Um quarto preso é delegado e é suspeito de atuar para o PCC. Os agentes ainda tentam cumprir mais um mandado de prisão contra um policial.

Segundo a PF, a investigação do caso “partiu da análise de provas que foram obtidas em diversas investigações policiais que envolveram movimentações financeiras, colaborações premiadas e depoimentos”.

“Tais elementos revelaram o modo complexo que os investigados se estruturam para exigir propina e lavar dinheiro para suprir os interesses da organização criminosa”, segundo os investigadores. 

Para chegar à operação desta terça, a PF cruzou dados de uma série de investigações contra o PCC, incluindo a do assassinato de Vinícius Gritzbach, delator do grupo, no início de novembro, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

Todos os alvos da operação teriam sido delatados por Gritzbach, por envolvimento em corrupção. O delegado detido é Fábio Baena Martin, juntamente com os investigadores Eduardo Lopes Monteiro, Rogério de Almeida Felício, Marcelo Ruggieri, e mais três pessoas. Um policial, Rogério de Almeida Felício, ainda está foragido. Os demais presos são Ademir Pereira Andrade, Ahmed Hassan e Robinson Granger de Moura.

Na operação, as forças envolvidas mobilizaram 130 policiais federais e promotores. A ideia é cumprir, também, treze mandados de busca e apreensão em São Paulo, Bragança Paulista, Igaratá e Ubatuba. 

Denominada Tacitus, a ação pode levar os suspeitos a responderem por organização criminosa, corrupção ativa e passiva e ocultação de capitais.

A defesa do delegado Baena considerou a prisão abusiva, mas disse que só se pronunciará após ter acesso aos autos do processo. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que a Corregedoria da Polícia Civil está acompanhando a operação e que colabora tanto com a Polícia Federal quanto com o Ministério Público.

(Com informações de Agência Brasil)

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