Política

A piora na avaliação da gestão de Tarcísio na segurança pública de SP, segundo pesquisa Quaest

Governador bolsonarista enfrenta uma crise na área após a repetição de casos de violência policial

A piora na avaliação da gestão de Tarcísio na segurança pública de SP, segundo pesquisa Quaest
A piora na avaliação da gestão de Tarcísio na segurança pública de SP, segundo pesquisa Quaest
Foto: Ciete Silvero / Estado de SP
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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sofreu uma queda na avaliação da sua na segurança pública do estado. É o que mostra a nova rodada da pesquisa Quaest sobre o tema, divulgada nesta quinta-feira 12.

Segundo o levantamento, 37% avaliam negativamente a gestão do bolsonarista na área de segurança pública. O número é seis pontos percentuais menor do que o registrado na última pesquisa, em abril, quando ficou em 31%.

O grupo que avalia positivamente a gestão de Tarcísio na segurança pública recuou de 33% para 27% na pesquisa desta quinta-feira. Outros 36% seguem indicando que o governador faz um trabalho regular na área. O percentual, nesse caso, é o mesmo na comparação com abril.

A piora na avaliação acontece em um momento de crise na segurança pública do estado de São Paulo. O momento é especialmente marcado pela ampliação da violência policial: segundo um levantamento do Instituto Sou da Paz, a letalidade policial em SP aumentou 78,5% entre janeiro e agosto deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. 

Isso tem levado a um aumento no número de mortes. Segundo o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), o estado registrou, entre janeiro e novembro, 773 mortes em decorrência de ações policiais. Para se ter uma ideia de comparação, as mortes registradas no mesmo período de 2023 somaram 479.

Os casos fizeram o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar a obrigatoriedade do uso de câmeras corporais nos fardamentos da polícia. A medida era questionada por Tarcísio.

Outras quedas

Tarcísio também teve piora em outras áreas avaliadas pelos eleitores nesta quinta-feira. Dos sete itens monitorados, o governador avançou em apenas em um (geração de emprego e renda). Nos demais, a Quaest captou recuo.

A avaliação do político piorou, por exemplo, na educação e no transporte público. A visão de eleitores sobre a gestão paulista na saúde também sofreu queda. Veja os números:

Avaliação geral

A Quaest também mostrou que 61% dos entrevistados avaliam positivamente o governo Tarcísio. O percentual é mais baixo do que o captado em abril, quando estava em 62%. Na prática, o índice variou dentro da margem de erro da pesquisa, de dois pontos percentuais.

Já os que desaprovam somaram 26%, estando três pontos percentuais abaixo da pesquisa anterior, quando ficou em 29%. Os que não sabem ou não responderam totalizaram 12%.

A avaliação do governo é positiva para 37% dos entrevistados (na pesquisa anterior, eram 41%), mesmo percentual dos que acham que o governo é regular (eram 35% na pesquisa anterior). A avaliação negativa, por outro lado, caiu para 13% (eram 16% na pesquisa anterior).

Sobre a gestão Tarcísio, os entrevistados acreditam que, com ele, São Paulo segue igual. Esse dado foi indicado por 43% dos entrevistados e é superior ao registrado no início do ano, quando ficou em 38%. Os que consideram que o estado está melhorando são 35%, enquanto os que creem que São Paulo está piorando são 17%.

A consultoria, contratada pela corretora Genial Investimentos, ouviu 1.650 pessoas entre 4 e 9 de dezembro. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais.

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