Política

Câmara aprova projeto que altera Estatuto do Desarmamento e anistia armas ilegais

O texto ainda flexibiliza a legislação para autorizar a compra de armamento por pessoas que respondem a inquérito policial ou processo judicial

Câmara aprova projeto que altera Estatuto do Desarmamento e anistia armas ilegais
Câmara aprova projeto que altera Estatuto do Desarmamento e anistia armas ilegais
Plenário da Câmara dos Deputados. Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
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A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira 11, um projeto de lei que altera o Estatuto do Desarmamento e permite a regularização de armas de fogo ilegais. O texto inicialmente propunha a doação de armas apreendidas para as forças de segurança, entretanto, foi alterado para incluir a anistia das armas ilegais.

O projeto prevê que equipamentos “ainda não registrados ou com registro vencido” poderão solicitar o registro no prazo máximo de um ano a partir da publicação da lei. O estatuto, promulgado em 2003, previa que esse registro deveria ocorrer até o fim de 2008.

Além disso, o texto permite a compra de armas por pessoas condenadas por crimes que não são considerados hediondos ou contra a vida. Também flexibiliza a legislação para autorizar a compra de armamento por pessoas que respondem a inquérito policial ou processo judicial.

O Estatuto do Desarmamento define que o porte de arma (ou seja, a autorização para circular armado pelas ruas) é proibido, exceto em exceções previstas na própria lei. O projeto em discussão pretende mudar esse entendimento.

O projeto foi aprovado em votação simbólica, sem o registro nominal dos votos. O PSB e a federação PSOL-Rede foram se manifestaram contra o projeto. A federação PV-PC do B-PV liberou a bancada. O texto agora segue ao Senado.

Mais cedo, o Instituto Sou da Paz se posicionou contra o avanço da medida. Avaliou que “seria um grave retrocesso” ao Estatuto e que a Câmara tenta “reiteradamente alterar o Estatuto do Desarmamento inserindo dispositivos camuflados em projetos de lei com outros objetivos, tentando evitar o debate público”.

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