CartaExpressa

A justificativa de Barroso para não pautar o julgamento sobre o aborto no STF

Ministro disse que não pretende liberar o tema para votação enquanto for presidente da Corte; mandato do ministro termina em outubro de 2025

A justificativa de Barroso para não pautar o julgamento sobre o aborto no STF
A justificativa de Barroso para não pautar o julgamento sobre o aborto no STF
O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luís Roberto Barroso. Foto: Rosinei Coutinho/STF
Apoie Siga-nos no

Pelo menos até o fim do mandato do ministro Luís Roberto Barroso como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), em outubro de 2025, a Corte não deve julgar a ação que discute a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação.

Em entrevista publicada nesta terça-feira 10 pelo jornal O Globo, o próprio Barroso reconheceu que a falta de previsão para que o caso seja pautado no futuro próximo tem a ver com o fato de que o debate sobre o tema “não foi feito de forma suficiente pela sociedade”. Assim, “qualquer decisão do STF poderia gerar grande repercussão”, justificou o ministro. 

O caso, apresentado pelo PSOL em 2017, começou a ser julgado em outubro de 2023. Logo no início, a ex-ministra Rosa Weber votou pela descriminalização, mas Barroso pediu vista e interrompeu o julgamento. 

No entendimento do presidente do STF, cabe ao Congresso discutir os “grandes temas nacionais”, fazendo referência ao Projeto de Lei (PL) que pretende equiparar o aborto realizado depois de 22 semanas de gestação ao crime de homicídio. 

“A matéria está no Congresso, que é o lugar certo para se debaterem os grandes temas nacionais”, disse o ministro. “Se e quando chegar no Supremo, vou me manifestar”, disse ao Globo

Em relação à temática, o ministro sinalizou ser favorável à descriminalização do aborto.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo