Mundo
Catedral de Notre-Dame, em Paris, volta a abrir suas portas cinco anos após incêndio
As obras de reconstrução custaram cerca de 770 milhões de dólares (4,69 bilhões de reais, na cotação atual)


A Catedral de Notre-Dame de Paris reabriu suas portas para o mundo neste sábado 7, cinco anos e meio depois do incêndio, após uma espetacular reforma. Com os golpes do arcebispo de Paris, Laurent Ulrich, as portas foram abertas às 19h21 (15h21 de Brasília).
Monseñor Ulrich bateu três vezes, em três ocasiões, com seu báculo nas portas do templo, de mais de 860 anos de idade, e o coro da catedral respondeu, convidando os fiéis a entrar novamente. Devido à chuva, a cerimônia foi alterada e os cerca de 1.500 convidados, incluindo cerca de 40 dignitários, já estavam no interior.
O presidente francês, Emmanuel Macron, acompanhado de sua esposa, Brigitte, e da prefeita de Paris, Anne Hidalgo, entrou atrás do arcebispo e da comitiva de autoridades eclesiásticas. Macron colocou todo o seu empenho pessoal nesta ambiciosa reconstrução da catedral gótica mais famosa do mundo, mas esse sucesso acabou sendo ofuscado pela grave crise política que a França vive.
O presidente francês, Emmanuel Macron, e o presidente eleito dos EUA, Donald Trump. Foto: Ludovic Marin/POOL/AFP
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump e o bilionário e proprietário da rede social X, Elon Musk, estão entre os convidados, assim como o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky.
Também estavam presentes o príncipe William, herdeiro da coroa britânica, o príncipe Alberto de Mônaco, o presidente alemão Frank-Walter Steinmeier, e a primeira-dama dos Estados Unidos, Jill Biden.
As obras de reconstrução para instalar um novo telhado, limpar e restaurar as partes danificadas e criar uma nova iluminação modulável custaram cerca de 770 milhões de dólares (4,69 bilhões de reais, na cotação atual), provenientes de doações de todo o mundo.
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