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México prepara plano para possíveis deportações em massa dos Estados Unidos

Trump, que assume a presidência dos EUA no dia 20 de janeiro, prometeu declarar estado de emergência e recorrer ao Exército para concretizar uma retirada em massa de estrangeiros ilegais do país

México prepara plano para possíveis deportações em massa dos Estados Unidos
México prepara plano para possíveis deportações em massa dos Estados Unidos
Migrantes tentam cruzar a fronteira entre o México e os Estados Unidos em dezembro de 2023. Foto: Chandan Khanna/AFP
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O governo do México informou que está preparando um plano para as possíveis deportações em massa de migrantes mexicanos que podem ser ordenadas pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, assim que ele assumir o cargo.

“Estamos trabalhando para levar em consideração todos os cenários possíveis e há um plano intersecretarial que será anunciado, no momento oportuno, pela presidente”, disse o ministro mexicano das Relações Exteriores, Juan Ramón de la Fuente, ao canal Televisa depois de uma reunião com a chefe de Estado, Claudia Sheinbaum, no palácio presidencial.

“A responsabilidade e a obrigação do Estado mexicano envolvem os mexicanos, eles representam a prioridade”, acrescentou o chanceler ao ser questionado se o plano incluiria migrantes de outras nacionalidades que podem ser deportados para o México.

Algumas horas antes, Sheinbaum indicou que seu governo se prepara para possíveis deportações de mexicanos no novo mandato de Trump.

“Estamos nos preparando para isso, para dar as boas-vindas para as mexicanas e mexicanos que, por algum motivo, serão deportados dos Estados Unidos. É nossa obrigação”, disse a presidenta em sua coletiva de imprensa matinal diária.

A presidenta acrescentou que seu governo está elaborando um programa para contratar mais advogados para atender migrantes nos consulados do México nos Estados Unidos.

Trump prometeu declarar estado de emergência nos Estados Unidos e recorrer ao Exército para concretizar uma deportação em massa de migrantes assim que assumir o cargo, em 20 de janeiro.

O republicano de 78 anos, que chama a entrada de migrantes sem visto pela fronteira com o México de “invasão”, afirmou que esta será “a maior operação de deportação na história dos Estados Unidos”.

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