Educação

Professores da rede municipal do Rio anunciam greve por tempo indeterminado

A categoria exige o arquivamento de um projeto de lei do prefeito Eduardo Paes (PSD)

Professores da rede municipal do Rio anunciam greve por tempo indeterminado
Professores da rede municipal do Rio anunciam greve por tempo indeterminado
Assembleia de profissionais de educação da rede municipal do Rio deliberou por greve por tempo indeterminado. Créditos: SEPE RJ
Apoie Siga-nos no

Professores da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. A paralisação foi definida após uma assembleia realizada nesta segunda-feira 25 na quadra da Escola de Samba São Clemente, no centro da cidade.

Segundo o Sindicato Estadual dos Professores de Educação do Estado do Rio de Janeiro, cerca de 2 mil docentes devem aderir à paralisação.

A mobilização pressiona pelo arquivamento do Projeto de Lei Complementar 186/2024, enviado pelo prefeito Eduardo Paes (PSD) à Câmara Municipal, que estabelece novas regras para o Plano de Cargos e Salários dos profissionais da educação.

Segundo o sindicato, a proposta ataca direitos dos servidores municipais, como férias e licença especial, e faz com que os professores ministrem mais aulas, perdendo tempo de planejamento.

Após aprovarem a paralisação, professores foram à porta da prefeitura realizar um protesto contra Paes e o secretário de Educação, Renan Ferreirinha.

Nas redes sociais, o vereador William Siri Jr. (PSOL) publicou vídeos que mostram educadores sendo contidos pela Polícia Militar com o uso de spray de pimenta.

O psolista ainda fez um chamado por pressão sobre a Câmara na terça-feira 26, quando o projeto deve ir a votação. Também para esta terça, o sindicato convocou os profissionais da educação para uma vigília nas escadarias da Casa.

A entidade ainda tem três mobilizações previstas em seu calendário de greve: na quarta-feira 27, com atos em bairros organizados pelas regionais; na quinta 28, com uma vigília na Câmara a partir das 9h; e na sexta 29, com uma assembleia em local ainda indefinido.

Em nota, a secretaria municipal de educação do Rio afirmou que tem feito diversas reuniões, de forma constante, com o sindicato. Acrescentou ainda que a rede municipal seguirá o planejamento normal do calendário letivo, sem alterações.

CartaCapital também procurou a Polícia Militar do estado que não respondeu aos questionamentos da reportagem.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo