Do Micro Ao Macro
Geração Z prefere modelos híbridos ao trabalho presencial, revela estudo sobre o TikTok
Relatório aponta descontentamento com modelos tradicionais e destaca o impacto do trabalho flexível na retenção de talentos
Uma pesquisa conduzida pela Latam Intersect Intelligence, com dados obtidos pelo Relatório de Análise Emocional usando a tecnologia Delta Analytics, analisou postagens de usuários do TikTok sobre diferentes modelos de trabalho.
Os resultados indicaram que 53% dos usuários expressaram desconexão emocional em relação ao trabalho presencial. Segundo o estudo, o modelo é visto como rígido, com falta de autonomia e de oportunidades para colaboração flexível.
Por outro lado, 39% dos participantes relataram felicidade em posts sobre trabalho híbrido. Carolina Merlin, especialista em soluções de RH da Mauve Group, observa que “os jovens da geração Z demonstram uma preferência clara por formatos que oferecem equilíbrio entre vida pessoal e profissional”.
Diminuição de vagas remotas causa ressentimento
Apesar do apoio ao modelo híbrido, o trabalho remoto gerou ressentimento em 89% dos usuários analisados. O sentimento pode estar ligado à redução de 14% nas vagas remotas disponíveis entre 2023 e 2024, segundo dados do LinkedIn.
Carolina ressalta que empregadores que mantêm modelos híbridos ou remotos tendem a alcançar maior engajamento e produtividade. Isso ocorre porque atendem melhor às necessidades dos trabalhadores, especialmente os mais jovens.
Ela explica que no Brasil, onde o desengajamento no trabalho é elevado, formatos flexíveis ajudam a reduzir o estresse e a melhorar o bem-estar. “Esses modelos são particularmente úteis para profissionais que enfrentam desafios como longas distâncias ou questões pessoais que dificultam o deslocamento ao escritório”, analisa.
Relatórios mostram impacto emocional no mercado
Os Relatórios de Análise Emocional, gerenciados pela Latam Intersect, medem as emoções mais associadas a marcas, produtos ou temas na web. Desenvolvidos pela Delta Analytics, esses relatórios permitem comparar sentimentos entre concorrentes, monitorar tendências e avaliar resultados de eventos e campanhas.
Os dados são específicos por idioma e país, permitindo que empresas adaptem suas estratégias. Segundo Carolina, entender as emoções do público é uma ferramenta valiosa para promover maior empatia e fortalecer a relação entre empregadores e trabalhadores.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.