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PMs que faziam escolta de homem assassinado no aeroporto de Guarulhos são alvo de operação

Os agentes da segurança privada estão afastados preventivamente pela pasta da Segurança até o fim das investigações

PMs que faziam escolta de homem assassinado no aeroporto de Guarulhos são alvo de operação
PMs que faziam escolta de homem assassinado no aeroporto de Guarulhos são alvo de operação
Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, o empresário morto no aeroporto de Guarulhos. Foto: Reprodução
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Os policiais militares que faziam a escolta particular do empresário Antônio Vinicius Gritzbach, morto a tiros no aeroporto de Guarulhos (SP), são alvo de operação nesta sexta-feira. A força-tarefa criada pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo cumpre mandados de busca e apreensão contra nove agentes da PM.

Todos os profissionais destacados para a segurança privada de Vinicius estão afastados preventivamente pela pasta da Segurança até o fim das investigações. Além de fazerem bico como segurança, o que é proibido pela corporação, eles são investigados por suspeita de participação no assassinato do empresário, delator da facção Primeiro Comando da Capital (PCC).

Equipes da Corregedoria da Polícia Militar foram a imóveis ligados aos suspeitos e apreenderam telefones celulares, computadores e outros itens em cumprimento a mandados de busca e apreensão autorizados pela Justiça. Os investigados respondem em liberdade. Até o momento, ninguém foi preso pelo crime.

Em nota enviada a CartaCapital, a Secretaria de Segurança Pública confirmou a operação, mas destacou que detalhes serão preservados para garantir a autonomia da investigação, que segue sob sigilo.

As Polícias Civil e Militar, o Ministério Público (MP) e a Polícia Federal (PF) buscam esclarecer quem são os assassinos, os possíveis mandantes do crime e o motivo do homicídio.

Griztbach foi executado a tiros por dois homens encapuzados com fuzis no último dia 8 de novembro no aeroporto de Guarulhos. Um motorista de aplicativo foi atingido pelos disparos e também morreu. Outras três pessoas que estavam no local ficaram feridas.

Antes de ser morto, o empresário havia feito um acordo de delação premiada homologado pela Justiça para denunciar membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) por lavagem de dinheiro e acusar agentes de segurança pública por corrupção.

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