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Os punhais do golpe

O plano de “neutralizar” Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes mostra a violência e coordenação do complô bolsonaresco

Os punhais do golpe
Os punhais do golpe
Os militares Mário Fernandes, Helio Lima, Rodrigo Azevedo e Rafael Oliveira e o policial Wladimir Soares formavam o comando assassino. Bolsonaro e Braga Netto esperam a sua vez – Imagem: Arte: Pillar Velloso. Fotos: Arquivo/AFP, Redes Sociais/Exército Brasileiro e Redes Sociais
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Em 6 de dezembro de 2022, uma terça-feira, o dono de um comércio de peças para eletroeletrônicos em ­Goiás fez um boletim de ocorrência online. Lafaiete Teixeira Caitano disse ter ouvido um acidente de carro duas semanas antes, às dez e quinze da noite, numa rodovia entre Brasília e Goiânia. Havia batido num T-Cross, pois a pista estava molhada devido às chuvas e parcialmente bloqueada. Declarou que ele e o outro motorista conversaram e combinaram de acionar o seguro e esperar um guincho. O T-Cross tinha sido alugado em 21 de novembro numa locadora do aeroporto de Goiânia, a Unidas, por um major do Exército, Rafael Martins de Oliveira.

O major morava em Goiânia e, no dia do BO, viajou de carro a Brasília. Antes de pegar a estrada, trocara mensagens de celular com um colega de farda, o tenente-coronel do Exército Mauro César Barbosa Cid, chefe dos ajudantes de ordens do então presidente Jair Bolsonaro. Às cinco e quarenta e cinco da tarde, Cid e Oliveira estavam na área do Palácio do Planalto. Seus celulares conectaram-se às antenas que atendem quem está na sede do governo. Minutos depois, Bolsonaro despachava do prédio, após voltar do Superior Tribunal de Justiça. “PR no Planalto”, dizia às cinco e cinquenta e seis um dos funcionários de Cid, o capitão de corveta ­Jonathas Diniz Vieira Coelho, em um grupo de WhatsApp dos ajudantes de ordens. PR é como a segurança se refere ao mandatário.

Às seis e nove, o general Mário Fernandes, à época vice-secretário-geral da Presidência, imprimiu um documento no Planalto, conforme registros de informática do palácio. Ele havia criado o arquivo de Word “Pjl” de manhã e o modificara pela última vez uma hora antes de imprimi-lo. O texto descrevia os passos de uma operação militar batizada de “Punhal Verde Amarelo”: homens e armas necessários, reconhecimento de terreno, análise das condições de execução, de êxito e de baixas e levantamento de itinerários, escoltas e agendas dos alvos. O principal, que se pode deduzir pelo contexto, era Alexandre de Moraes, à época no comando do Tribunal Superior Eleitoral. Outros três possíveis eram “Jeca”, “Joca” e “Juca”. Por inferência baseada no texto, Jeca seria Lula, o presidente eleito, e Joca, o seu vice, Geraldo Alckmin. A identificação de Juca permanece um mistério. Os alvos deveriam morrer. Moraes e Lula, com veneno ou arma química ou biológica.

O estopim da quartelada seria o sequestro do ministro do STF

Bolsonaro ficou no Planalto até umas seis e vinte, seis e vinte e cinco da noite. Às seis e trinta e um estava no Palácio da Alvorada, segundo outra mensagem de Coe­lho no WhatsApp. Fernandes foi à residência oficial dali a dois dias, 8 de dezembro. Permaneceu das cinco da tarde às cinco e quarenta, indicam registros da portaria. Mais tarde, em horários de oito às dez da noite, quatro celulares foram ativados, com a inserção de chips da TIM comprados numa loja em Uberlândia, segundo a operadora. Os quatro números iriam fazer parte de um grupo no Signal, rival do WhatsApp. O grupo chamava-se “Copa 2022” e tinha mais dois números: o de Oliveira e um outro que o major providenciara com dados surrupiados da CNH de Caitano, o sujeito da colisão rodoviária.

O plano “Punhal Verde Amarelo” previa uma operação com seis homens e seis celulares com chips da TIM. O grupo no Signal foi criado em 15 de dezembro de 2022, dia em que o juiz Moraes esteve na mira. Sobre isso se falará mais adiante. “Copa 2022” era também o nome de um arquivo enviado por Oliveira a Cid em novembro daquele ano, outro episódio que fica para depois. Os contatos com o auxiliar de Bolsonaro fizeram do major um dos alvos de uma operação da Polícia Federal de fevereiro último, a Tempus Veritatis, “Hora da Verdade” em latim. A batida nascera da delação de Cid, de 2023, e atingira vários militares bolsonaristas metidos em um complô para reverter o resultado da eleição presidencial. Oliveira fora preso preventivamente e tivera o celular apreendido. Fernandes havia tido o celular confiscado, por causa do que Cid contara na delação (o colega de farda seria “radical”) e do que o próprio general dissera em uma reunião ministerial de 5 de julho de 2022. Para ele, o governo tinha de agir “antes” da eleição, a fim de que Lula não ganhasse (roubado, na visão dele). A crença paranoica de fraude nas urnas era o motor do golpismo do capitão e de sua tropa.

Com base nas descobertas a partir da batida de fevereiro, entre elas o grupo “Copa 2022” e o plano “Punhal Verde Amarelo”, a PF voltou às ruas na terça-feira 19 com a Operação Contragolpe. Oliveira, liberado da prisão preventiva de fevereiro, foi em cana de novo. Fernandes desta vez lhe fez companhia, juntamente com os tenentes-coronéis do Exército Helio Ferreira Lima e Rodrigo Bezerra de Azevedo. Os quatro são “kids pretos”, militares das Forças Especiais, especializadas em missões difíceis, de risco. Além do quarteto, foi detido um policial federal integrante da segurança de Lula após a eleição de 2022, Wladimir Matos Soares.

Moraes, Alckmin e Lula eram os alvos principais. O presidente era “Jeca”, o vice, “Joca” – Imagem: Cadú Gomes/Arquivo VPR

As descobertas e revelações da PF nas operações de fevereiro e de agora deixam claro que o País escapou por pouco de um golpe destinado a manter Bolsonaro no poder. Complô com braços, técnicas e inteligência militares, conforme relatado na edição anterior de CartaCapital. O ápice foi o levante de 8 de janeiro de 2023 em Brasília, episódio que os fiéis do capitão tratam como, no máximo, arruaça, vandalismo de uns tresloucados.

Nada disso. A invasão da sede dos Três Poderes foi consequência de conspirações da extrema-direita fardada e civil em novembro e dezembro de 2022. “O documento (Punhal Verde Amarelo) ainda revela o grau de violência das ações planejadas”, anotaram os investigadores da PF ao pedir ao Supremo Tribunal Federal autorização para um Contragolpe. “A gravidade das condutas veiculadas e sua natureza violenta evidenciam, ainda, o perigo concreto de que a permanência dos investigados em liberdade ponha em risco a garantia da ordem pública”, afirmou o procurador-geral da República, Paulo Gonet, ao opinar perante o STF sobre o pedido policial de prisões. “Os elementos trazidos aos autos comprovam a existência de gravíssimos crimes e indícios suficientes da autoria, além de demonstrarem a extrema periculosidade dos agentes, integrantes de uma organização criminosa, com objetivo de executar atos de violência”, anotou Moraes, ao dar sinal verde aos federais.

Pela Lei do Estado Democrático de Direito, a 14.197, de 2021, é crime tentar golpe de Estado (artigo 359-M, de 4 a 12 anos de cadeia) e tentar abolir o Estado de Direito (artigo 359-L, de 4 a 8 anos). O Supremo condenou 279 acusados pelo 8 de janeiro, a grande maioria com base nessa lei. As descobertas da PF sobre a trama militar golpista têm tudo para enterrar o sonho bolsonarista de aprovar no Congresso uma anistia para a turma. “Incogitável (a anistia)”, disse Gilmar Mendes, do Supremo, na terça-feira 19. Visão também emanada do tribunal após o ataque a bomba sofrido no último 13 de novembro, produto das mesmas maquinações extremistas que culminaram com o 8 de Janeiro, no entender de Gonet e do diretor da PF, Andrei Rodrigues.

Gilmar Mendes sobre a anistia: “Incogitável”

O homem-bomba Francisco ­Wanderley Luiz, de 59 anos, havia concorrido a vereador pelo PL em Rio do Sul, Santa Catarina, em 2020, partido no qual Bolsonaro entraria em 2021. Segundo sua ex-mulher, o alvo das bombas era Moraes. O único cadáver foi o de Luiz. Bolsonaro tentou afastar-se do episódio. Publicou no ­ex-Twitter que o homem agiu “ao que tudo indica (….) por perturbações de saúde mental” e que foi um “fato isolado”. “A reconstituição histórica dos últimos acontecimentos nacionais demonstra que o ocorrido na noite de ontem infelizmente não é um fato isolado”, afirmou Mendes no STF em 14 de novembro. “Nos últimos anos, foram diversos os atentados contra as instituições de Estado e os valores centrais da democracia, praticados por expoentes da extrema-direita ou por cidadãos, como o de ontem, inspirados por essas lideranças.”

Em outubro de 2022, o ex-deputado Roberto Jefferson, simpatizante de Bolsonaro, recebeu policiais federais com tiros e granada, para não ser preso. Em 12 de dezembro de 2022, data da diplomação de Lula no TSE como presidente eleito, bolsonaristas queimaram ônibus, destruíram bens públicos e tentaram invadir a PF em Brasília, a pretexto de salvar um indígena, José Acácio Tserere Xavante, de uma prisão decretada em razão de sua defesa da resistência violenta à posse de Lula. Por ter passado a um assessor militar de Bolsonaro informações sobre homens da segurança e o hotel de estada de Lula em Brasília no dia seguinte aos distúrbios, o policial federal Soares acaba de ser preso. O saldo daqueles distúrbios? Ninguém em cana. “Ficou claro para mim (naquele dia) que a PM e o bombeiro estavam ao lado do presidente (Bolsonaro) e que em breve seria decretada a intervenção das Forças Armadas”, declarou George Washington de Oliveira Souza, em depoimento à Polícia Civil de Brasília ao ser detido em 24 de dezembro de 2022.

Souza havia montado uma bomba, levada até o aeroporto da capital brasileira por Alan Diego dos Santos Rodrigues e instalada em um caminhão-tanque por Wellington Macedo de Souza. Só não houve a explosão porque o motorista do caminhão viu o artefato e avisou a polícia, que a desarmou na véspera do Natal. Souza, Rodrigues e Macedo foram condenados em 2023 por causa do plano terrorista. Souza disse em depoimento que queria “dar início ao caos”. Montara o explosivo na porta do QG do Exército em Brasília. O local reunia acampados pró-Bolsonaro que pediam golpe militar contra o resultado da eleição. Dali saíram participantes do 8 de Janeiro. Ao afastar do cargo, no dia do levante, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, o juiz Moraes escreveu que o local “estava infestado de terroristas”.

Documentos apreendidos em poder dos golpistas. Abaixo, o general Oliveira – Imagem: Redes Sociais/10 Região Militar EBUm dia após a insurreição, Lula reuniu-se com os chefes das Forças Armadas. Comentou que, por menos do que acontecera na véspera, brasileiros tinham sido torturados e mortos nos anos 1970, durante a ditadura. E que Bolsonaro saíra do Exército pela porta dos fundos, nos anos 1980, por planejar um ataque a bomba em busca de aumento de salário.

O ato terrorista de uma semana antes contra o Supremo precipitou a Operação Contragolpe. Na noite do atentado, Lula, Moraes, Gonet e Rodrigues reuniram-se no Alvorada. No dia seguinte, a PF requisitou ao STF permissão para ir às ­ruas. O pedido foi assinado não só por Fábio Shor, conhecido por comandar inquéritos sobre Bolsonaro, mas também pelo diretor de Inteligência da PF, Rodrigo Morais Fernandes, o coordenador de contrainteligência, Elias Milhomens, e a chefe da divisão de contrainteligência, Luciana Caires. Na papelada, os delegados dizem que os militares investigados “criaram o ambiente propício para o florescimento de um radicalismo que culminou nos atos do dia 08 de janeiro de 2023, mas que ainda se encontra em estado de latência em parcela da sociedade, exemplificado no atentado a bomba ocorrido na data de 13/11/2024 na cidade de Brasília”. Mais: “As condutas identificadas pela investigação demonstram que esse núcleo de atuação se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas”.

O plano “Copa 2022” é didático do que diz a PF. Foi uma tentativa de sequestrar Alexandre de Moraes em 15 de dezembro de 2022, data da criação daquele grupo no Signal. As conversas entre os seis integrantes do grupo, com meias palavras, e os dados de geolocalização dos celulares mostram que a turma rondou a residência do juiz em Brasília naquela quinta-feira. O então major, e hoje tenente-coronel, Rodrigo Bezerra de Azevedo é o único, além de Rafael Oliveira, identificado pela PF entre os integrantes da ação, daí ter sido preso agora. A “Copa 2022” terminou quando o aparente comandante, não identificado, escreveu um minuto antes das nove da noite: “Abortar”. Naquele dia, o STF deveria ter feito o último julgamento do ano. A decisão ficou, porém, para 19 de dezembro.

“Quatro linhas é o caralho”, afirmou o coronel Reginaldo Abreu ao general Mário Fernandes

A PF começou a desfiar o novelo da ação clandestina “Copa 2022” ao apreender em fevereiro passado o celular de Rafael Oliveira, major na época do plano, tenente-coronel desde dezembro de 2023. Nas buscas em endereços e pertences do militar, encontrou o documento “NA_cyber.docx”, com dicas de camuflagem de certos aspectos de uma operação. Uma: usar dados alheios para arranjar e utilizar celulares e chips. Foi o que Oliveira fez ao surrupiar, por meio de uma foto, os dados da CNH de Caitano. O criador do arquivo “NA_cyber.docx” foi, segundo a PF, o coronel Gian Damário da Silva, do Centro de Instrução de Operações Especiais do Exército. Desde 2023, ele comanda o Centro.

Uma sequência de fatos nos dias que antecederam a ação “Copa 2022” clarificam seu significado. Em 7 de dezembro de 2022, Bolsonaro fez uma reunião no Alvorada com os então chefes do Exército, Marco Antonio Freire Gomes, e da Marinha, Almir Garnier. Durante o encontro, foi apresentada uma minuta de decreto presidencial que anulava a eleição de outubro e mandava prender Moraes, Mendes e o senador Rodrigo Pacheco, presidente do Congresso. Gomes não topou aderir à trama, Garnier sim, pelo que o general declarou à PF. Em 8 de dezembro, Mário Fernandes, o do plano “Punhal Verde Amarelo”, foi a Bolsonaro no Alvorada. Era o dia da inserção de chips nos celulares do plano “Copa 2022. “Que bacana que ele aceitou aí o nosso assessoramento”, escreveu o general a Cid sobre a conversa com o capitão.

Em 9 de dezembro, Bolsonaro quebrou o silêncio pós-eleitoral. Falou a apoiadores na porta do Alvorada ser o chefe supremo das Forças Armadas e que elas “estão vivendo um momento crucial, uma encruzilhada”. No mesmo dia, recebeu o comandante de Operações Terrestres do Exército, a maior tropa verde-oliva, o general Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira. Em mensagem de celular a um coronel durante a reunião, Cid escreveu: “Ainda não acabou. Mas ele (Theophilo) quer fazer… Desde que o PR (presidente) assine”. Supõe-se que o general cumpriria o decreto golpista, caso Bolsonaro o assinasse. Em mensagem de áudio a Freire Gomes na mesma data, Cid contou: “E hoje o que ele fez de manhã? Ele enxugou o decreto, né?”. Sobre os fatos de 9 de dezembro, Moraes escreveu o seguinte, ao autorizar a Operação Contragolpe: “Tudo a demonstrar que atos executórios para um golpe de Estado estavam em andamento”.

O terrorista Francisco Wanderley Luiz não era um “lobo solitário” com problemas “mentais”. Foi estimulado pelo discurso de ódio e a sanha golpista – Imagem: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil e Redes Sociais

Seu eventual sequestro em 15 de ­dezembro seria a materialização do golpe. A ação clandestina foi levada adiante um dia após o então ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de ­Oliveira, ter feito uma reunião com os três comandantes militares (Freire Gomes, Garnier e Carlos Alberto Baptista Jr., da FAB) sobre o decreto golpista. “Kid Preto, algumas fontes sinalizaram que o comandante da Força (general Gomes) sinalizaria hoje, foi ao Alvorada para sinalizar ao presidente que ele podia dar ordem. Se o senhor tá com o presidente agora e ouvir a tempo, porra, blinda ele contra qualquer desestímulo, qualquer assessoramento diferente.” Palavras de uma mensagem de áudio de Mário Fernandes ao general Luiz Eduardo Ramos ao meio-dia e dezenove de 15 de dezembro. Ramos era o secretário-geral da Presidência e Fernandes, seu número 2.

O celular de Fernandes foi uma preciosidade obtida pela PF. Nele há conversas estarrecedoras. “O senhor me desculpe a expressão, mas quatro linhas é o caralho. Quatro linhas da Constituição é o caceta”, disse ao general em um áudio de 4 de novembro de 2022 seu então chefe de gabinete, o coronel Reginaldo Vieira de Abreu, defensor de que Bolsonaro conversasse apenas com a “rataria” militar sobre o decreto golpista. No mesmo dia, outro coronel, Roberto Criscuoli, diz em áudio a Fernandes: “Na realidade vai ser guerra civil agora ou guerra civil depois”.

Ainda, no celular do general, havia a minuta de um decreto que constituía um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise”, para funcionar a partir de 16 de dezembro de 2022, dia seguinte à eventual captura de Moraes. O chefe do gabinete seria o general Augusto Heleno, então ministro do GSI. Seu coordenador-geral, o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa de Bolsonaro e candidato a vice-presidente. A PF tem certeza de que o plano “Copa 2022” surgiu de uma reunião de 12 de novembro daquele ano na casa de Braga Netto. Dela participaram, segundo a PF, Braga Netto, por videoconferência, Mauro Cid, Rafael Oliveira e o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, em cujo celular a polícia achou documentos golpistas, motivo de sua recente prisão.

Três dias após a reunião, Oliveira mandou a Cid o arquivo “Copa 2022”. Braga Netto segue na mira policial. Cid pode ter a delação anulada, por esconder informações – estaria frente a frente com Moraes na quinta-feira 21, após a conclusão desta reportagem. No caso de Bolsonaro, é questão de tempo para ser acusado por Paulo Gonet perante o Supremo. •

Publicado na edição n° 1338 de CartaCapital, em 27 de novembro de 2024.

Este texto aparece na edição impressa de CartaCapital sob o título ‘Os punhais do golpe’

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